Godinho Lopes é um avião sem sistema de navegação. Com um rosto de medo e rápido a caminhar até à saída, afirmou, acabado de chegar ao aeroporto de Lisboa, que nada iria acontecer ao treinador. No dia a seguir, já protegido pelo afastamento físico de quem o contestava no aeroporto, menosprezou a justa contestação e, tal e qual JEB nos últimos tempos da sua miserável e empobrecedora administração, optou por ofender os “30 adeptos”. Mais um dia passado após a contestação, despede o homem que antes tinha garantido permanecer no lugar, supostamente imune ao mau momento. É isto a Linha Roquete: loucura decisorial e desrespeito pelo Sporting e pelos seus adeptos.
"O Sportinguista, em mais de 100 anos de dita escolha, jamais ousou queimar ou detrair o símbolo e a cor que o identificam. Outros, os tais que clamam superioridade moral e identitária, fizeram-no.", dito por pai de Daniel.

30 de outubro de 2011

Não é apenas o número habitual do médio criativo, é igualmente o número de vitórias consecutivas

10, meus caros amigos. 10 vitórias, todas elas realizadas justamente pela nossa equipa, consecutivas. E a senda vitoriosa vai continuar. Eu acredito. A equipa faz-me acreditar no aumento desse número já por si muito elucidativo sobre a qualidade do Sporting 2011/2012. Adversários capazes de deitar por terra o número? Só os que têm o apito como ferramenta fulcral ao desempenho da sua função. Ontem, o Sporting conseguiu vencer um clube que frente aos outros dois mais fortes candidatos ao título jogou muito bem, e que não conseguiu qualquer ponto na Luz porque a arbitragem intercedeu a favor do clube da casa e decidiu o jogo quando este se demonstrava complicado para o visitado. Mas o Sporting, sem ajudas, conseguiu vencer o Feirense e trazer para a Lisboa os 3 pontos. Sem ajudas, importa repetir. Como sempre. E com uma grande penalidade sonegada ao nosso clube. Como sempre. E com um cartão vermelho perdoado ao adversário. Como sempre.

À saída de um estádio invadido, como outros antes e outros que virão depois, pelos adeptos do Sporting, massa associativa linda que fornece a este Portugal ambientes únicos, fantásticos e apaixonantes, pude falar ao telefone com um grande amigo meu que marcou presença na partida. Falámos sobre o resultado, sobre os golos, isto tudo enquanto ele saía a pé do estádio e se deslocava para o carro dele, uma máquina de cilindrada interessante, que nessa noite levou mais 4 amigos (seriam 5 se eu estivesse em Portugal) até Aveiro, cidade conhecida pelo fervor que se faz sentir pelo Sporting Clube de Portugal. Em tempos de crise, o Sportinguista presta-se a impedir que os níveis do consumo privado, cuja conjuntura os sente reduzidos por redução do poder de compra ou por aumento da poupança das famílias, prejudiquem severamente os clubes mais pequenos, mesmo quando estes praticam preços cujo modelo parece ter sido copiado à máfia italiana, esta que ainda seria capaz de ser ensinada pela que anda por terras lusas: extorsão. O Sportinguista, de autocarro ou de carro ou de mota ou de transportes públicos ou até a pé, da localidade mais perto do estádio à cidade mais longe, marca presença, compra o bilhete do dito jogo, leva o cachecol, a bandeira, amigos ou familiares. Somos assim.

Como escrevi, além de conversarmos genericamente sobre a partida, realçando que a arbitragem em momento algum beneficiou o Sporting – ficou uma grande penalidade por assinalar e um cartão vermelho por demonstrar a um jogador do Feirense que entrou sobre um jogador do Sporting, Jeffrén, de forma violenta, forma essa que, semanas antes, viu Rinaudo levar um vermelho directo –, ficou também debatida a importância do holandês Schaars para esta equipa. Eu, como ele, sou um fã de Schaars. E não o sou desde há 3 ou 4 semanas, mas desde que ele se consolidou no onze principal do Sporting. Jogadores como o holandês tornam possível a conquista do título: garante qualidade no passe, faz o passe mais apropriado à jogada (não complica), é um profissional trabalhador, tem uma notável capacidade posicional (está em todo o lado) e consegue fazer bem ora a defender, ora a atacar.

Infeliz a situação que está a acontecer ao Jeffrén, novamente lesionado e, por consequência, desolado. É um óptimo jogador, contratado ao Barcelona, o A e não o secundário, e está de novo envolvido em problemas físicos. Sem dúvida um problema a resolver, mas desta vez exige-se mais precaução, mais tendência para permitir que o processo de tratamento se prolongue durante o tempo necessário, sem forçar o jogador a regressar antes de a sua forma física realmente o permitir. Felizmente para a equipa e para os adeptos, o flanco, esquerdo ou direito, está bem ocupado: Capel, super-estrela, mais uma, desta equipa, e Carrillo, brilhante jogador de 20 anos que vai fazer muito jornalista escrever artigos de elogio. Gostei da exibição do Daniel Carriço: joga de forma mais simples e parece mais expedito a abordar o adversário. É do interesse do clube que um jogador da formação, a melhor deste país, singre no plantel principal. Ricky é, não estou a afirmar nada novo, um avançado espectacular (entre eu e quem lê o que eu escrevo, deixo a minha em aposta em como ele vai marcar não menos de 15 golos na presente edição do campeonato nacional). Adoro a forma como gere o ritmo de jogo, parece nunca se cansar, e denota-se nos seus movimentos a capacidade posicional dos grandes avançados mundiais: tenta prever o desenrolar da jogada e procura aquele que é o espaço mais propício para marcar golo. Toda a equipa merece ser elogiada, sejamos justos. Finalmente uma equipa que em campo se comporta de forma tão digna quanto a camisola que os jogadores envergam. O Sporting Clube de Portugal, tudo aquilo que o clube representa, merece-o. Os adeptos também, entre os quais se inclui o presidente do clube recentemente derrotado, o Feirense.

De resto, o meu amigo também me confidenciou que à saída do estádio de Alval (dado o ambiente, compreendem o erro da minha parte!)…de Aveiro, e por entre cânticos de alegria, sentimento dominante nas últimas semanas, e conversas entre amigos Sportinguistas sobre a vitória, ainda se ouviam os assobios dos adeptos portistas, triste ralé que só se dá a conhecer em momentos positivos, contra o Hulk. Ao que parece, o Hulk ainda se encontra barricado no balneário, não a lamuriar pelo tratamento a ele concedido pelos adeptos portistas, mas a arranjar aquilo que ele chama cabelo. “Hulk é humano”, escreveram os jornais de ontem. Obrigado, aproveito para escrever, porque pela primeira vez os jornais me ensinaram algo novo. Hulk é humano. Hulk, humano. Humano, Hulk. Não combina. Vou, contudo, dar o benefício da dúvida. Vou acreditar.

O jogador do Feirense que foi ao flash-interview opinar sobre a partida, um gajo fisicamente masculino mas de tom de voz feminino e de aparência facial a roçar o homo erectus, padece da mesma doença  que o treinador do Paços de Ferreira: uma tendência para falar de um jogo que não o que imediatamente terminou momentos antes. Sim, aquele criativo opinador, mais uma versão do treinador do boné, que falou de um jogo, que o Sporting venceu em pleno controlo da componente mérito, totalmente diferente daquele para o qual ele tinha sido chamado. Sentiu-se bem em o fazer. É mais fácil empurrar as culpas para o factor desconhecido. Também outros o fizeram, como o Jaime Pacheco, que uma vez culpou o homem das castanhas. Sobre a partida, o que importa referir para a posterioridade é: vitória limpa do Sporting; adeptos leoninos que nunca pararam de incentivar a equipa; arbitragem que prejudicou o Sporting; falta de desportivismo de alguns jogadores do Feirense, como o Rabeta (há quem diga que o nome é outro, mas eu não acredito), e a forma única como os jogos do Sporting são analisados (por cegos e gajos de cachecol ora vermelho, ora azul). A dor, hoje, é muita. E vai continuar a crescer!

Eu menciono várias vezes a arbitragem, alguns poderão até considerar que exagero nas vezes que o faço. Não aceito essa opinião, se é que ela existe – a existir, penso que ela advirá de cores que não o verde, e a essas eu dou a mesma finalidade que o papel Renova que utilizo para limpar o traseiro. Não só o nosso clube é roubado semana sim, semana sim (ora pois!), como tenho constatado que algo peculiar tem acontecido: parte da comunicação social, hoje infestada de medo por causa da qualidade que a equipa leonina apresenta em campo, tem mencionado, via cronistas (estercos com um teclado à frente, entenda-se), que o Sporting faz o papel de vítima forçada, de quem procura sempre um bode expiatório (respiratório, na terminologia muito própria de Jorge Jesus) para um insucesso que poderá vir a acontecer. O Sporting é, infelizmente, sem dúvida, uma vítima da máfia do apito. Este é um facto que deve ser recordado até quem o afirma deixar de respirar, e aí o exercício não deve morrer, mas antes ser transmitido para outro que o continue. Este ano, o Sporting só não se afirmará como o mais forte candidato se elementos que não os directamente envolvidos, como o são os jogadores de cada uma das equipas que se defrontam, interferirem. Relembro que a presente classificação do campeonato é uma adulteração.

No futebol europeu, tem havido uma tendência que eu espero ver perpetuada até ao minuto seguinte ao apito final do clássico que se realizará este mês: o clube visitante tem conseguido derrotar o adversário em jogos considerados clássicos. O Manchester City fê-lo, a Juventus também, assim como o Arsenal. Eu acredito que o Sporting conseguirá derrotar a arbitragem no dia 26 de Novembro. O clube que nos receberá é um aspecto externo à maior dificuldade do jogo: o pulha que decide quem fez ou não falta. É esse o meu maior receio. O Sporting tem vencido os seus adversários de forma convincente, apresentando em campo os argumentos necessários para conquistar os 3 pontos, enquanto que o adversário do dia 26 o tem feito de forma tudo menos frontal: uma ajuda aqui, talvez um fora de jogo não assinalado que dá golo, outra ajuda ali, talvez uma grande penalidade não assinada a favor do adversário, algo que aconteceu ao Feirense quando se deslocou ao ainda não terminado estádio da Luz. Não nos roubem, que é o mesmo que pedir que não se comportem como habitualmente o fazem, e o jogo poderá ser vencido pelo Sporting. Mas antes de defrontar esses, o Sporting encontrará outros clubes!

A verdade é amiga do Sporting.