Godinho Lopes é um avião sem sistema de navegação. Com um rosto de medo e rápido a caminhar até à saída, afirmou, acabado de chegar ao aeroporto de Lisboa, que nada iria acontecer ao treinador. No dia a seguir, já protegido pelo afastamento físico de quem o contestava no aeroporto, menosprezou a justa contestação e, tal e qual JEB nos últimos tempos da sua miserável e empobrecedora administração, optou por ofender os “30 adeptos”. Mais um dia passado após a contestação, despede o homem que antes tinha garantido permanecer no lugar, supostamente imune ao mau momento. É isto a Linha Roquete: loucura decisorial e desrespeito pelo Sporting e pelos seus adeptos.
"O Sportinguista, em mais de 100 anos de dita escolha, jamais ousou queimar ou detrair o símbolo e a cor que o identificam. Outros, os tais que clamam superioridade moral e identitária, fizeram-no.", dito por pai de Daniel.

1 de novembro de 2011

O sempre fácil de utilizar “vamos levantar a cabeça”, e o melhor recuperador de bolas a pisar campos portugueses

De “tanto levantar a cabeça”, há quem esteja a escassos centímetros de bater com os cornos na Lua. Depois de Buzz Aldrin e Neil Armonstrong, os mais famosos humanos a caminhar na Lua, o gajo de quem estou a falar, o tal que de integridade não tem absolutamente nada, prepara-se para ser o primeiro português a fazê-lo, o que não deixa de ser surpreendente dada a não existência de um programa espacial português. Com aquela cabeçona gigante e a importância que o próprio lhe atribui, é desnecessário qualquer fato. O outro, o que pintou o cabelo, diz que, sendo preciso, está disposto a dar o peito às balas. Sim, desde que abram antes a porta do balneário e que tenha sempre alguém no banco pronto para o aconchegar e dar beijinhos e festinhas na cabecinha loirinha, tudo bem. Se a equipa em questão tem tido em Portugal as arbitragens que recebe lá fora, e mesmo hoje foi beneficiada, a equipa a que aqui me refiro, que veste de azul, estaria a competir pela Liga Europa, não pelo campeonato. Como é presidido por aquele que sabemos ser um dos mais aptos mafiosos de Portugal, a história é outra.

Seria sábio, agora sobre outro tema que não o da sempre básica justificação, que Domingos não colocasse Rinaudo no jogo frente ao adversário do próximo fim-de-semana, o/a (nunca percebi bem, admito) Leiria. Não há que duvidar que quem entrar em campo com apito na boca (leia-se sarjeta com dentes) fará tudo para colocar o melhor médio-defensivo a jogar em Portugal de fora do clássico. “Estou, olhe, é para avisar que o Rinaudo tem de levar um amarelo, está a ouvir?”, ouvir-se-á do outro lado quando o jogo se aproximar. O árbitro, uma das partes desta conversa, acederá ao pedido. É preciso que o Sporting saiba antecipar este cenário, tão certo quanto a existência do Sol.

Rinaudo, no próximo jogo do campeonato, na bancada, a ver o jogo, é a melhor opção. Frente ao bando vermelho, em campo, a fazer o que faz melhor do que qualquer outro em Portugal: desarmar adversários e colocar em sentido os jogadores da equipa contrária. E mesmo nessa partida será muito complicado, qual missão para Aquiles, que o árbitro não ceda à tentação de o punir injustamente com o cartão que o coloca fora de campo e o envia para o balneário. E tenho também a certeza, chamem-me Prof.Karamba, de que “coisas” estranhas acontecerão no próximo jogo.

Há quem refira que o Sporting, via treinador e jogador, deve ou alterar a forma de jogar do Rinaudo, ou trabalhar a ideia de que a arbitragem passe a encarar com outros olhos como ele joga. Ora bem, nem uma, nem outra, caros amigos. Pedir ao fabuloso Rinaudo que jogue de forma diferente é amputar o jogador, é retirar-lhe aquilo que o define e o faz assumir-se como o espectacular jogador que é: a garra, nunca desiste dos lances e um sentido muito apurado de desarme. Irá alguém, considerado são, pedir, por exemplo, a Cristiano Ronaldo – o melhor do mundo - que não faça uma das suas muitas fintas porque estas irritam os adversários e os forçam a possivelmente o lesionarem como retaliação? A arbitragem, pardon my french, que vá à secção dos classificados do Correio da Manhã e encomende “massagens”, encomenda que as gentes da APAF muito bem conhecem, ou então que se dedique a relação muito próxima com a genitália um dos outros. A outra solução apontada, a de a arbitragem interpretar de uma outra forma, supostamente mais leviana, a forma como ele joga, também não serve, pois isso seria assumir que existe somente um problema de má interpretação da parte dos homens de apito. Não existe, nem por sombras. Os pulhas sabem muito bem quando é falta e quando não é falta, bastando para isso relembrar a forma como o grande boi Paixão tratou o Rinaudo no jogo em que o expulsou. Estamos, portanto, a falar de uma atitude penalizadora que é despoletada intencionalmente contra o jogador, porque Rinaudo joga assim e porque ele é jogador do Sporting, sendo este último factor o mais decisivo – é do Sporting, é para cortar, pensam assim os bois de duas pernas. Se fosse porventura jogador do clube do outro lado, seria alvo da misericórdia que é semanalmente concedida a um jogador que agride jogadores por hábito, Javi Garcia. Rinaudo é um mestre do desarme. Pedir-lhe mais calma ou menos garra é o mesmo que pedir ao Sporting que deixe de equipar de cor verde. O reparo de Carlos Xavier a Rinaudo não tem premissa válida, escrevo-o já. E vir para o público falar assim só confere à escumalha de apito moral para continuar a penalizar injustamente um jogador que joga limpo.

As notícias referentes à maneira como o Jeffrén se sentiu depois de se ter novamente lesionado conferem ao jogador mais um ponto de amizade e consideração. O jogador sofre porque quer demonstrar aos adeptos do Sporting a sua qualidade, quer justificar perante a massa associativa do Sporting que a sua contratação foi uma atitude inteligente por parte do corpo de directores, que a sua presença no plantel do Barcelona, o que jogava na primeira divisão, não era obra do divino. Os Sportinguistas não só identificam mais um bom aspecto no próprio jogador, porque o outro é a sua qualidade inegável, como ficamos também conscientes de que o balneário se encontra unido, consolidado do ponto de vista relacional. A união faz a força, como sabemos, e esta é uma das várias características do Sporting 2011/2012.

ps – sim, também o Sociedade Sporting pretende melhorar o seu grafismo. A última alteração, pequena, de acentuar a primeira letra de cada paragrafo é irrisória, não há que demonstrar receio em o admitir. No fundo, é uma merdinha. Ou como dizia o outro, mestre da sapiência que na sua secretária escrevia grandes epopeias, uma benfiquice.