Godinho Lopes é um avião sem sistema de navegação. Com um rosto de medo e rápido a caminhar até à saída, afirmou, acabado de chegar ao aeroporto de Lisboa, que nada iria acontecer ao treinador. No dia a seguir, já protegido pelo afastamento físico de quem o contestava no aeroporto, menosprezou a justa contestação e, tal e qual JEB nos últimos tempos da sua miserável e empobrecedora administração, optou por ofender os “30 adeptos”. Mais um dia passado após a contestação, despede o homem que antes tinha garantido permanecer no lugar, supostamente imune ao mau momento. É isto a Linha Roquete: loucura decisorial e desrespeito pelo Sporting e pelos seus adeptos.
"O Sportinguista, em mais de 100 anos de dita escolha, jamais ousou queimar ou detrair o símbolo e a cor que o identificam. Outros, os tais que clamam superioridade moral e identitária, fizeram-no.", dito por pai de Daniel.

30 de agosto de 2011

Focar os recursos disponíveis para suprimir o que realmente se encontra aquém das necessidades actuais do clube

A zona central do nosso meio-campo conta com jogadores como André Santos, Fito Rinaudo, Schaars, Matías Fernandez, Luís Aguiar e Marat Izmailov (sim, este é deveras versátil, mas pode muito bem jogar como 10). Honestamente, não precisando de colocar o meu Sportinguismo de parte para poder ser sério na seguinte opinião, o plantel edição 2011/2012 contém o melhor médio-defensivo do campeonato português, Fito Rinaudo, cuja capacidade de criar momentos de pressão e de recuperar a bola são soberbas, e o médio com maior margem de progressão em Portugal, André Santos. Izmailov, para mim o melhor jogador deste plantel, tem lugar garantido em qualquer onze do campeonato português. Matías Fernandez, estrela da criatividade da selecção do Chile, permanece raivosamente mal utilizado do ponto de vista táctico – custa muito incumbirem ao rapaz o mesmo que Jesus pede a Aimar? Luís Aguiar, afirmei/escrevi quando o rumor sobre a sua possível vinda para o Sporting se tornou mais do que um mero rumor, não tem lugar no Sporting, pelo que não entendo o critério pelo qual foi contratado – pedido de Domingos, isto é. Schaars, que em segmentos de adeptos leoninos começa a gerar impaciência e descrença, para mim atitudes totalmente equivocadas, é um mestre táctico. Cumpre o que lhe é pedido. Na nossa equipa, Schaars é um faz-tudo. Defende, preenche espaços e pressiona adversários, e ataca, encaminha a bola para outros jogadores e, mesmo que até agora sem sucesso, remata.

Uma achega sobre André Santos. Estava este rapaz na equipa dos juniores do Sporting, já eu apontava o dedo na sua direcção e dizia ao meu pai, ao meu lado no jogo Sporting vs Benfica, no Estádio de Alvalade, para a fase final do campeonato do dito escalão:”aquele, se lhe derem a oportunidade, vai ser um grande jogador no Sporting”. Mantenho a opinião. No entanto, não entendo que ele deva jogar como titular. Defensivamente, não é tão bom quanto Rinaudo. Ofensivamente, aqui o problema, é muito, muito fraco. O rapaz, em 20 passes, faz 18 para o defesa-central. Numa equipa como a do Sporting, que defronta quase sempre equipas inferiores, não é positivo ter na equipa um médio que não faz o jogo transitar para o sector ofensivo. A dúvida, a existir, é entre ele e Schaars. Ora bem, comparemos então ambos os jogadores: defensivamente, André Santos é melhor que Schaars, mas ofensivamente fica muito atrás do holandês, que frente ao Beira-Mar foi o assistente de passes para o único jogador que criou, consistentemente, perigo ao longo de uns exasperantes 90 minutos, Diego Capel. André Santos só deve jogar a titular se Rinaudo não puder jogar.

Dito isto sobre os jogadores que compõem o eixo central do nosso meio-campo, e não escrevo muito mais porque este campeonato conta três virgens jornadas e já se encontra mais corrompido do que uma reunião entre Pinto da Costa e Martins dos Santos num bar de alterne, por que vai o Sporting contratar Elias?

O Sporting necessita de algo que há muito carece na forma de pensar de quem decide: critério.

Precisamos de um avançado. Desesperamos por um avançado. A ânsia por um avançado que marque golos – olha! - é tal e qual a necessidade de carvão para um lápis. Carlos Freitas, evidentemente um recurso directivo que merece mais elogios do que o seu trabalho merece, por favor, contrata um avançado digno da posição, ou seja, e desculpem-me os vulgarismos, um que enfie a puta da bola dentro da baliza, e não um, como o Postiga, que remate para todos os lados menos para a direcção da baliza do adversário.

Como necessitamos de um avançado bom, não de um que preencha somente a lista de jogadores (um Postiga), todos os recursos disponíveis devem ser formulados para a contratação de um avançado de real qualidade.

Chegou a altura, como em outras alturas o fizemos, de contratar o jogador que para a história ficará como o “substituto do Liedson”. Se repararem, a história nunca deixou o Sporting solitário de um avançado goleador. Não indo muito para os confins da história do nosso clube, relembro-vos que depois de Acosta veio Jardel, e que depois deste veio Liedson. O mesmo exercício pode ser utilizado mais recuado no tempo.

A nós, Sportinguistas de coração em choque após um iniciar de campeonato abominável e destruidor de motivações e esperanças (esperando eu que seja apenas uma má fase que deu no último fim de semana o seu último suspiro), o que dizer, o que pedir? O mesmo de sempre: amor ao Maior, o Sporting Clube de Portugal, que para sempre será, tal e qual a música mais vezes entoada presentemente no estádio de Alvalade, o nosso grande amor!

ps – eu não bato palmas a quem não as merece. Não sou bonifrate da falta de qualidade. No passado fim de semana, a nossa equipa não honrou a camisola. A sentença deve ser dada no fim dos 90 minutos. A ver o que a equipa fez no dito tempo, a conclusão só podia ser uma: serem assobiados. Há que saber separar a instituição Sporting dos jogadores. Alguns não merecem, nem na bilheteira, representar o Sporting Clube de Portugal. O sector defensivo tresanda a falta de qualidade e, pior, concentração.

ps ao quadrado – a arbitragem continua a minar o jogo. Para quando uma atitude mais enérgica em relação a este podre elemento do futebol português? Ou foi o elenco Godinho domado por um pseudo-boicote, realizado à margem da lei e desprovido de seriedade? Porque continua o túnel de entrada coberto por um toldo quentinho e acolhedor? O Estádio de Alvalade não é um bordel para os árbitros, é a casa do Sporting Clube de Portugal, dos Sportinguistas, e na minha casa eu exijo respeito!