Godinho Lopes é um avião sem sistema de navegação. Com um rosto de medo e rápido a caminhar até à saída, afirmou, acabado de chegar ao aeroporto de Lisboa, que nada iria acontecer ao treinador. No dia a seguir, já protegido pelo afastamento físico de quem o contestava no aeroporto, menosprezou a justa contestação e, tal e qual JEB nos últimos tempos da sua miserável e empobrecedora administração, optou por ofender os “30 adeptos”. Mais um dia passado após a contestação, despede o homem que antes tinha garantido permanecer no lugar, supostamente imune ao mau momento. É isto a Linha Roquete: loucura decisorial e desrespeito pelo Sporting e pelos seus adeptos.
"O Sportinguista, em mais de 100 anos de dita escolha, jamais ousou queimar ou detrair o símbolo e a cor que o identificam. Outros, os tais que clamam superioridade moral e identitária, fizeram-no.", dito por pai de Daniel.

18 de janeiro de 2011

Considerações humildes…[2]

Sem título gggggggggSem Título

 

Após apresentar algumas ideias que antecederam a formulação da minha opinião inicial sobre José Eduardo Bettencourt, darei seguimento ao post de ontem.

É sabido, através de evidências que decorrem da vida actual do nosso clube, que a gestão Bettencourt é má, é péssima e em nada contribui para um futuro vencedor do nosso clube, um futuro de vitórias em campo (títulos), fora de campo (um clube intensamente vivido pelos seus sócios, principalmente, e adeptos), e no balanço (situação financeira do nosso clube).

Vindo do sector bancário, e ainda para mais num banco que é há muito galardoado com prémios vários, o Santander Totta, e tendo sido escolhido por aquele é considerado o melhor CEO bancário português, António Horta-Osório, é surpreendente que José Eduardo Bettencourt tenha praticado uma gestão baseada em tudo menos em resultados, em metas, em objectivos. Bettencourt sabe muito bem, fruto da sua experiência profissional, que a definição de metas/objectivos é essencial. É absolutamente essencial definir metas, definir a estratégia necessária a alcançar tais metas e, após a sua definição e colocação em prática, decompor os resultados alcançados. Nessa óptica, a era Bettencourt resume-se aos seguintes pontos:

a) 4º lugar no campeonato nacional, inclusive atrás de um clube grotescamente inferior ao Sporting Clube de Portugal, o Braga, tanto do ponto de vista financeiro (capital disponível) como do ponto de vista clubístico (dimensão do clube);

b) o principal rival histórico do clube, o bando vermelho e corrupto liderado por outro dos mafiosos do nosso futebol, Luís Filipe Vieira, então liderado por um treinador Sportinguista e escolhido nessa precisa época (mérito, portanto), sagra-se campeão nacional com mais de 20 pontos de vantagem em relação ao nosso;

c) a dívida do Sporting, cujo número aproximado era desconhecido à maioria dos sócios e adeptos até ao dia em que elementos da lista Ser Sporting indagaram por tal (sofreu um misterioso incremento de cerca de 100 milhões de euros no espaço de uma semana, de 250 milhões de euros, valor vinculado por FSF, para 350 milhões de euros, continua a aumentar;

d) são divulgadas escutas, outras, que retratam perfeitamente a personalidade e o carácter de alguns dos principais rostos do nosso futebol: Pinto da Costa, principalmente. Num desses vídeos, supostamente divulgados por gente ligada a outro clube corrupto, o Benfica, José Eduardo Bettencourt e Paulinho, figura cuja admiração e respeito é tida por todo o mundo Sportinguista, são descaradamente ofendidos e ridicularizados, sendo que Paulinho foi alvo de nojentas ofensas pessoais;

e) a intenção de divulgar novos sócios todas as semanas cai por terra à medida que a performance desportiva do clube se destrói a olhos vistos;

f) a promessa de manter o treinador de então, Paulo Bento, desvanece, sendo que toda a estrutura próxima ao mesmo sai do clube;

g) a política comunicacional do presidente resume-se a atacar, através de ofensas e caracterizações de índole política, sócios que discordam da sua opinião; por outro lado, nem uma palavra, um comunicado, acerca da pouca vergonha relacionada com o ponto d);

h) o jornal do clube transforma-se num órgão de propaganda pró-José Eduardo Bettencourt, dessa forma retirando a imparcialidade que o deveria constituir, sendo que este utiliza figuras do mesmo para denegrir a imagem e as intenções de sócios discordantes;

i) transfere o capitão do clube para um rival, e não se trata de um qualquer rival, trata-se do clube liderado por uma figura que há muito destrói e corrompe o futebol português, por uma quantia inferior ao seu real valor, além de, talvez para justificar este aborto de transferência, atacar o jogador em causa, a pessoa em causa;

j) quando o jogo Sporting vs Futebol Clube do Porto se aproxima, José Eduardo Bettencourt, que há meses atrás tinha criticado o carácter deste jogador, elogia-o, dizem que para apaziguar o ambiente;

l) após o Sporting ter sido descaradamente roubado numa final disputada entre ambos os clubes (na altura o Sporting era presidido por FSF), tendo ficado demonstrada a evidência de óbvia manipulação de resultado para justificar investimentos exorbitantes, José Eduardo Bettencourt elogia o Benfica, elogia Luís Filipe Vieira, elogia a gestão praticada, elogia o tal Fundo (que, pouco tempo após ter sido eleito, tinha criticado), almoçando com aquele que é a outra metade da corrupção do nosso futebol, o presidente do Benfica.

m) a decisão de, após publicamente elogiar a competência de Costinha para o cargo, após regularmente elogiar os méritos de tal decisão, substitui este com José Couceiro, empurrado Costinha para uma função cujo objectivo desconheço e cujos resultados teimam em aparecer;

n) aceita que Pinto da Costa se sente ao seu lado no nosso estádio, na nossa casa;

o) o controlo que JEB exerce sobre claques, inclusive servindo-se das mesmas, como ficou vergonhosamente evidente numa Assembleia, como meio de protecção e repressão;

p) contrata um treinador sem experiência em grandes do nosso futebol, sem resultados práticos e dignos de um clube cujo objectivo se centra unicamente na conquista do mais prestigiante troféu nacional, o Campeonato Nacional, aceitando pagar a doentia soma de 600.000€ por ele;

q) quase toda a gestão desportiva: contratações, renovações, processos que envolvem a relação jogador-clube, etc;

Haverá mais, tenho a certeza, mas a memória, neste preciso momento, é curta e o tempo é escasso.

Sendo JEB um gestor bancário conceituado (gestão por resultados, acima de tudo, define a carreira de um gestor do sector bancário), como não criticar a sua passagem pelo Sporting? Como não criticar as evidentes e tristes ocorrências?

Eu julgo um presidente pelos resultados alcançados. José Eduardo Bettencourt não falhou somente no plano futebolístico, falhou também no plano clubístico. Afirmou não ter tido tempo para angariar capital, então por que não se candidatou mais cede? O que o levou a afirmar, durante o Congresso, que não seria candidato porque “não poderia abandonar as milhares de pessoas que dele dependiam?” As gentes do Sporting afastam-se cada vez mais do clube, relegando esta enorme instituição – o clube desportivo mais vencedor de Portugal – para um status semi-defunto, incapaz de se defender, incapaz de se projectar, incapaz de agregar ideias, incapaz de servir os pergaminhos da história.

Pergunto a quem apoia JEB: e que tal, antes de clamaram por soluções e respostas vindas da “oposição”, procurarem responsabilizar quem provocou o actual estado em que o Sporting vive – falta meio campeonato e o Sporting já se encontra afastado do título e da Taça de Portugal.

SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, SEMPRE!