Godinho Lopes é um avião sem sistema de navegação. Com um rosto de medo e rápido a caminhar até à saída, afirmou, acabado de chegar ao aeroporto de Lisboa, que nada iria acontecer ao treinador. No dia a seguir, já protegido pelo afastamento físico de quem o contestava no aeroporto, menosprezou a justa contestação e, tal e qual JEB nos últimos tempos da sua miserável e empobrecedora administração, optou por ofender os “30 adeptos”. Mais um dia passado após a contestação, despede o homem que antes tinha garantido permanecer no lugar, supostamente imune ao mau momento. É isto a Linha Roquete: loucura decisorial e desrespeito pelo Sporting e pelos seus adeptos.
"O Sportinguista, em mais de 100 anos de dita escolha, jamais ousou queimar ou detrair o símbolo e a cor que o identificam. Outros, os tais que clamam superioridade moral e identitária, fizeram-no.", dito por pai de Daniel.

21 de janeiro de 2011

Acerca do resultado de ontem…

Uma goleada é uma goleada, demonstra que uma equipa se apresentou várias vezes melhor do que a outra, neste caso o Penafiel.

Este resultado, nomeadamente a resposta vinda de parte considerável do mundo Sportinguista, talvez auxiliada pela imprensa, é que causa alguma consternação à minha pessoa, mas não me surpreende.

A crise que o Sporting vive não se cinge a resultados desportivos, atenção, é transversal à existência e vida do clube. Ora vejamos, de forma bastante sintetizada, a crise em que o Sporting se encontra:

1) Crise de resultados – o Sporting encontra-se, jogado meio campeonato, afastado do título, a vários pontos de distância de Benfica e Porto, tendo sido já eliminado da 2ª competição mais importante, a Taça de Portugal;

2) Crise de Identidade – a alma do clube, os sócios, afastam-se gradualmente da instituição, e o respeito que terceiros nutrem por este desaparece a cada dia;

3) Crise Financeira – aos olhos de muitos, esta é a crise mais transparente. Sabemos que o Sporting se encontra falido, simples;

E, portanto, e aqui reside a conclusão deste post: o Sporting Clube de Portugal defrontou o Penafiel, clube da 2ª divisão e longe de ser um clube considerado histórico do futebol português, no Estádio de Alvalade, para a Taça da Liga, tendo vencido por 4-0. Tendo em consideração os vértices da crise em que o Sporting se encontra envolvido, como pode alguém referir que este resultado é um pontapé na crise? Derrotando o Penafiel? Em Alvalade? Numa equipa cujo sector defensivo aufere mais dinheiro do que o plantel do adversário?

A única conclusão deste tipo de retórica (“pontapé na crise”) é a seguinte: falta de exigência e passividade.

E é precisamente por isso que a imprensa se dá ao luxo de presentear o mercado com este tipo de capas:

futebol nao sezapatada na crise

A rubrica do jornal não-oficial do Benfica, A Bola, vai mais longe: está, devo dizer, a mandar-me à merda. “Futebol” não se demitiu, dizem, apenas tratou de afastar o Sporting da conquista do título e da Taça de Portugal. Belo “futebol”, de facto. Vencer o Penafiel, de acordo com vários Sportinguistas, parece ter sido uma tarefa hercúlea, daquelas com direito a livro.