Godinho Lopes é um avião sem sistema de navegação. Com um rosto de medo e rápido a caminhar até à saída, afirmou, acabado de chegar ao aeroporto de Lisboa, que nada iria acontecer ao treinador. No dia a seguir, já protegido pelo afastamento físico de quem o contestava no aeroporto, menosprezou a justa contestação e, tal e qual JEB nos últimos tempos da sua miserável e empobrecedora administração, optou por ofender os “30 adeptos”. Mais um dia passado após a contestação, despede o homem que antes tinha garantido permanecer no lugar, supostamente imune ao mau momento. É isto a Linha Roquete: loucura decisorial e desrespeito pelo Sporting e pelos seus adeptos.
"O Sportinguista, em mais de 100 anos de dita escolha, jamais ousou queimar ou detrair o símbolo e a cor que o identificam. Outros, os tais que clamam superioridade moral e identitária, fizeram-no.", dito por pai de Daniel.

13 de fevereiro de 2012

Sporting CP tem aspectos do acidente em Fukushima

Quase tudo o que hoje anda no Sporting é radioactivo, e a nuvem tóxica, na figura das constantes péssimas decisões tomadas pelos directores do clube, pode estar a tornar os seus perigos permanentes.

Domingos Paciência foi o escolhido de Godinho Lopes. Domingos Paciência chegou a Alvalade. Não foi recebido como outros treinadores. Foi obsequiado com a motivação e apoio dos Sportinguistas, que nele depositaram a fé de um Sporting campeão nacional, de um Sporting no lugar que merece, no lugar que a sua história, imensa e única, exige.

Domingos Paciência, passados alguns meses, já não é treinador do Sporting Clube de Portugal, e os administradores que garantiam que a escolha era boa acabaram agora por o demitir do cargo, sendo este o segundo pilar do castelo Godinho a ruir, após a demissão de Carlos Barbosa. O elenco de Godinho Lopes escolheu Sá Pinto como sucessor. Sá Pinto, que em campo sempre nos mostrou a garra do leão, sobe dos juniores à equipa principal do clube, um caminho que um ex-treinador nosso fez, Paulo Bento.

Sá Pinto é um homem querido dos Sportinguistas. De quase todos. Só mesmo uma minoria pode não o apreciar. A maioria, principalmente os mais jovens, adora-o. Eu adoro-o. Sempre considerei que um Sporting vitorioso necessitaria sempre de jogadores com o perfil psicológico de Sá Pinto: entrega total, garra, vontade e ambição. E Sportinguismo, uma variável que no futebol moderno escasseia.

Agora com Domingos fora deste Titanic que é o Sporting Clube de Portugal (ao contrário do barco referido, o nosso capitão Smith – Godinho – não é competente, piorando tudo, fazendo com que o barco vá propositadamente contra o icebergue), o Sporting passa a contar com um Sportinguista no banco, de nome Sá Pinto, um jogador que sempre deixou tudo em campo. O problemas mais debilitadores continuarão: a fraca administração, acima de tudo incapaz de defender o clube fora das quatro linhas. Luís Duque, único nome que me garantia alguma paz, parece não querer marcar presença, a não ser no banco, e este é apenas uma extensão da fraca qualidade que acontece dentro de campo. Godinho Lopes é o que é. É fraco em termos comunicacionais, pelo que a mensagem pró-Sporting não passa.

Aconteça o que acontecer, o Sá Pinto não pode ser queimado pelos Sportinguistas. Queimemos os verdadeiros culpados, desde 1996 no clube. O culto de vitória inicia-se no ponto mais alto de uma organização. Como em qualquer outra organização, sendo a nossa desportiva, a mensagem de vitória deve partir do mais alto representante do clube, o Presidente. Entre vários outros exemplos que vão contra a mensagem de vitória que se deseja, Godinho Lopes espezinha o Sporting e a honestidade deste quando não condena Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira, ambos controladores de quem regula o futebol português, começando no homem do apito, figura que sabota os desejos dos Sportinguistas há muito tempo. Não só Godinho não se demonstra apto a combater a corrupção incumbente, como se dá à pouca vergonha de se sentar ao lado destes.

Alguns Sportinguistas podem considerar inexistente a ligação entre Sá Pinto e Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira, mas ela existe, e não é preciso grande esforço cognitivo para a percepcionar. Sá Pinto é, a partir deste dia, 13 de Fevereiro de 2012, o novo treinador principal da equipa do Sporting Clube de Portugal. Como qualquer outro treinador do nosso clube, o adversário não é unicamente o clube que nos vai defrontar no jogo, mas também o árbitro, o tipo que analisa este, os fiscais. São todos adversários do Sá Pinto.

Indo ao histórico de mensagens por mim publicadas neste humilde blogue (um blogue que em alcance de mensagem nada tem de próximo com outros blogues Sportinguistas, muito mais visitados e comentados), uma das mais recentes mensagens versa precisamente sobre o treinador e o que decidir em relação a ele. Defendi o Domingos Paciência. Defendi-o recentemente, admitindo até que gostaria de ver o seu contrato renovado. Penso que vale a pena repetir a razão, uma delas, para tal: a função de treinador principal exige um projecto, e esse projecto só vencerá se forem garantidas as condições necessárias, uma delas sendo a consolidação da função em si, que não pode ser vista como um cargo cuja alteração permanente do ocupante surte efeitos positivos imediatos. Pronto, mais um treinador atirado projecto fora.

Domingos Paciência, histórica e sentimentalmente ligado a um clube que a honestidade natural do Sportinguista abomina, deve, contudo, ficar em boa memória, apesar de os resultados, principalmente na competição principal, não serem de todo positivos. O Sporting enfrentará muitos obstáculos para sequer conseguir o terceiro lugar, posição já triste para um clube como o nosso. Penso que as circunstâncias não foram amigas do Domingos. Começámos o campeonato mal, mas não por culpa inteiramente nossa, mas porque fomos prejudicados em campo quando outros, com os mesmos objectivo que nós (vencer o campeonato), foram beneficiados. A motivação leonina, caracterizada pelo apoio de milhares ao clube, colocou-se ao lado do Domingos, da competência que eu ainda lhe reconheço, e apoiou o clube. Apresentou médias de assistência fora superiores, enquanto a fé de vencer o campeonato era plausível, a Porto e Benfica, inclusive superando largamente os números do actual vencedor do campeonato, Liga Europa, Taça de Portugal e Supertaça.

E é por esta triste realidade que a saída de Domingos nada vai resolver. O Sporting Clube de Portugal, mesmo com outro rosto a controlar o quadro táctico, continuará a ser roubado, a ser empurrado para baixo, enquanto que outros que não merecem vencer a partida conseguirão fazê-lo, na mais pura, no entanto básicas e previsíveis, das sabotagens. Como não existem, ou pelo menos são muito complicados de encontrar, mais jogadores como o Jardel, o cargo de treinador do Sporting Clube de Portugal será sempre o elo mais fraco de toda a estrutura do Sporting Clube de Portugal, estrutura cuja funcionalidade é viciada pela incapacidade dos mais responsáveis.

A reabilitação do Sporting Clube de Portugal obriga-se por, acima de tudo, até da componente financeira, fortalecer institucionalmente o clube, fazendo vencer a vontade do clube. Sem declarar guerra aos bastidores vermelho e azul que fodem este campeonato quase desde sempre, os projectos do Sporting, mesmo que bem intencionados e construídos, iniciar-se-ão sempre com menos força que todos os outros.

Hoje o sacrificado chama-se Domingos Paciência, das escolhas para treinador que mais motivação conferiram à família leonina. Se nada de substancial se alterar (o que existe a alterar já foi identificado por mim), amanhã será o Sá Pinto o sacrificado. E depois será outro qualquer. E o círculo de destruição de treinadores continuará, qual trituradora verde e branca.

A administração Godinho Lopes, em manifesto desespero, injecta no clube, com prejuízo para o SCP, mais uma cartada de tempo, mais uns meses, mas as debilidades próprias de todo o projecto acabarão por ressurgir. Godinho Lopes é um avião sem sistema de navegação. Com um rosto de medo e rápido a caminhar até à saída, afirmou, acabado de chegar ao aeroporto de Lisboa, que nada iria acontecer ao treinador. No dia a seguir, já protegido pelo afastamento físico de quem o contestava no aeroporto, menosprezou a justa contestação e, tal e qual JEB nos últimos tempos da sua miserável e empobrecedora administração, optou por ofender os “30 adeptos”. Mais um dia passado após a contestação, despede o homem que antes tinha garantido permanecer no lugar, supostamente imune ao mau momento. É isto a Linha Roquete: loucura decisorial e desrespeito pelo Sporting e pelos seus adeptos.

Exactamente como a auditoria recentemente divulgada aos sócios do Sporting, também este presidente é perito em não atribuir culpas, inocentando-se ilegitimamente. Este pseudo-projecto e o nosso pseudo-presidente pseudo-Sportinguista tratarão de atirar o Sá Pinto para aqui, depois escolhendo outro para carregar as malas da incompetência: