Godinho Lopes é um avião sem sistema de navegação. Com um rosto de medo e rápido a caminhar até à saída, afirmou, acabado de chegar ao aeroporto de Lisboa, que nada iria acontecer ao treinador. No dia a seguir, já protegido pelo afastamento físico de quem o contestava no aeroporto, menosprezou a justa contestação e, tal e qual JEB nos últimos tempos da sua miserável e empobrecedora administração, optou por ofender os “30 adeptos”. Mais um dia passado após a contestação, despede o homem que antes tinha garantido permanecer no lugar, supostamente imune ao mau momento. É isto a Linha Roquete: loucura decisorial e desrespeito pelo Sporting e pelos seus adeptos.
"O Sportinguista, em mais de 100 anos de dita escolha, jamais ousou queimar ou detrair o símbolo e a cor que o identificam. Outros, os tais que clamam superioridade moral e identitária, fizeram-no.", dito por pai de Daniel.

1 de fevereiro de 2012

Os resultados e divulgação desta auditoria servem somente um propósito:

de fazer ver, mentirosamente, aos Sportinguistas que a única solução possível (tão única quanto aquela que Soares Franco defendeu durante anos e anos quando a venda do património não-desportivo era por ele informada como fulcral para a redução da dívida do clube/SAD, ao mesmo tempo que os famigerados “notáveis” o apoiavam na sua senda de “salvar o clube”, e para o fomento de uma melhor capacidade desportiva do clube) é permitir a alienação de parte do capital da SAD, sendo o Sporting Clube de Portugal o accionista lesado, do Sporting para mãos externas ao clube e associados.

Não se enganem, amigos Sportinguistas. O Sporting Clube de Portugal foi alvo, desde o começo do Projecto Roquete, de um genuíno coup de e’tat que se verá efectivado em tempos próximos – na próxima época, creio, poderão surgir desenvolvimentos reais a este respeito (não é imaturo entender que o actual elenco já está avançado em contactos com interessados em “investir”). Resta perceber com que poder ficarão, se acontecer ficarem com qualquer réstia de poder decisorial, os sócios do Sporting, ou se o Sporting será, como o foi quando inaugurou o modelo SAD em solo português, o primeiro clube de Portugal a ser controlado através do modelo gestão britânico (existem outros, é certo, mas este, fruto do celeuma entre os adeptos do Manchester United e a família norte-americana que sequestrou – o termo é apropriado - o clube, é o mais conhecido).

Existe uma verdade a reter, a bem do Sporting e do intenso debate, espero eu, que virá a acontecer em tempos vindouros: o estado de falência técnica da SAD não é novidade alguma. O mais comum dos informados sobre o estado do clube já o sabia. Na última campanha eleitoral foram lançados factos sobre o estado do Sporting, sobre quem o provocou (Linha Roquete). No entanto, esta auditoria vem tornar público e confirmado o facto – o culpado, contudo, é o “futebol”, não os rostos que geriam o futebol, uma das muitas curiosidades desta auditoria que, sendo eu um trabalhador da área, considero amputada, em credibilidade e alcance de informação, desde a nascença. Agora, como aconteceu antes com outros presidentes que nunca se negaram a colocar os sócios perante escolhas de vida ou de morte, escolhas essas que se revelaram falsas no alcance dos objectivos que com elas foram prometidos (onde está a redução da dívida?, a promessa mais vezes mencionada quando o SCP vendeu património e jogadores), seremos novamente confrontados com cenários de uma só solução, e ela será divulgada assim: ou fazem “isto”, ou o Sporting acaba.

Este documento é mais do que um papel com muitas palavras e números. É dor. É dor em formato de papel. É anti-Sportinguismo. É a prova última de que um homem, José Roquete, enganou os Sportinguistas quando prometeu um Sporting forte, regularmente vencedor, quando a verdade que o presente nos impõe é a que nós conhecemos, que nos faz sofrer muito: um Sporting falido e incapaz de lutar pelo título, um Sporting incapaz de se fazer defender nos meios que regulam o futebol, um Sporting sempre traído pelos mesmos, no entanto, com a conivência permanente do presidente Godinho (ou de Soares Franco ou de Dias da Cunha). Mas tudo é ainda mais aterrador: não só o SCP é hoje um clube com sérias dificuldades competitivas e financeiras, sendo um factor consequência do outro, e vice-versa, como a própria existência do Sporting como o conhecemos, ou seja, como ele foi fundado em 1906, está em risco. Não sejamos ingénuos ao ponto de pensarmos que o Sporting, por ser a mais premiada instituição desportiva de Portugal, é indestrutível. O nome Sporting Clube de Portugal pode nunca vir a acabar, a ser empurrado para as memórias mais felizes de milhões, aí fechado para todo o sempre, mas pode tornar-se permanentemente incapaz de se fazer ver como a história o exige. Pode vir tornar-se num clube outrora grande mas em permanente e irremediável estado vegetativo, ligado à maquina. O que seria a máquina? O nome, a história.

A Linha Roquete não faliu o Sporting apenas financeiramente. Faliu-o, de longe o mais doloroso, sentimentalmente. Senta-se alegremente com quem trabalhou avidamente contra o Sporting. Permitiu que a luta contra a corrupção no futebol fosse transferida para o mais corrupto dos clubes portugueses. Contratou lixo atrás de lixo, milhões de preciosos euros atirados para o bolso de uns quantos pulhas que, com a ajuda de quem supostamente deveria servir o Sporting, souberam perceber quem quem estava no Sporting fazia-o para enriquecer a própria conta bancária. Promessas atrás de promessas, qual Sporting tipo política nacional. O pérfido nesta Linha é ela ter sido, acto eleitoral após acto eleitoral, permitida, via voto dos sócios, a continuar o seu destrutivo trabalho no Sporting, desmembrando o clube e minimizando o sentimento Sportinguista.

Acreditem no seguinte: a existência dos próximos 100 anos do clube joga-se, no máximo, nos próximos tempos, quando a “solução” para o actual problema for apresentada… por quem criou o problema. Paradoxos da Linha Roquete, não existam dúvidas a esse respeito. Aos “notáveis” que muito gostam de falar com a imprensa, calem-se e façam algo verdadeiramente Sportinguista: apresentem-se à frente, vistam a “farda” e “lutem” pelo Sporting. Enfastiado das vossas merdas fúteis estou e muitos outros Sportinguistas.

Deixem-se de se preocupar – agora para o mundo Sportinguista e especialmente para os blogues que apoiam o Sporting - com merdinhas como a transferência do há pouco tempo desempregado Djálo, e preocupem-se com o Sporting. Com o clube, isto é, não com banalidades que uns esperam servir para dividir o mundo Sportinguista, para o distrair enquanto os mesmos de sempre, internos e externos, fodem o clube até ao momento em que este não mais se poderá erguer. O caso Djálo é já um sucesso propagandístico contra o Sporting. Os Sportinguistas, talvez apenas os necessitados de debate ignóbil, vão atrás e continuam a brincadeira que contra nós é realizada diariamente.

A resposta de alguns Sportinguistas (com todo o respeito, questiono o Sportinguismo de muitos que o dizem ser) à dívida é mencionar a dívida dos rivais, principalmente a do rival que geograficamente está mais próximo de nós. Não deixa de ser verídico que a dívida do bando vermelho é superior à nossa (muitos mistérios para aqueles lados, de facto), mas esse é um problema que a mim me diz tanto como a necessidade de a gente daquele clube arranjar as torneiras das casas de banho do estádio deles. Não me interessa a realidade dos outros, embora possamos comparar realidades, porque só assim, seja em futebol ou em outro qualquer assunto, podemos perceber o que vai bem, e porque assim acontece, e o que vai mal, e por aí adiante. Um Sportinguista, um verdadeiro, não pode menosprezar a incompetência, talvez até criminosa, de quem gere o Sporting, com anos e anos de dívida acumulada e decisões cuja sanidade não se compreende, mencionando a triste realidade de outros. Sejamos sérios, pelo menos: a realidade dos outros é melhor do que a nossa. E não precisa de o ser. O Sporting Clube de Portugal, quando pretende ser campeão, não pensa em algo impossível. Pensa não só no possível, como no exigível. Somos o Sporting Clube de Portugal!!

Este é o verdadeiro Sporting. Não peço o impossível, apenas o real, e o Sporting, se acarinhado e bem administrado, é assim:

sociossporting86

SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, FUNDADO EM 1906, INSTITUIÇÃO DESPORTIVA PORTUGUESA MAIS GALARDOADA.

Eu sinto o Sporting como uma religião. Costumo até dizer que sou um fundamentalista Sportinguista – para gritar pelo Sporting, estou em todo o lado, faço o que for necessário, porque foi assim que fui educado enquanto Sportinguista, tornando-se o clube uma extensão não-física da minha existência. Assim sendo, declaro guerra santa à escumalha que fode o meu adorado clube deste há muitos anos. Aos infiéis que se dizem Sportinguistas, puta que os pariu a todos, corruptos de merda, mentirosos do caralho, bando de sanguessugas.