Godinho Lopes é um avião sem sistema de navegação. Com um rosto de medo e rápido a caminhar até à saída, afirmou, acabado de chegar ao aeroporto de Lisboa, que nada iria acontecer ao treinador. No dia a seguir, já protegido pelo afastamento físico de quem o contestava no aeroporto, menosprezou a justa contestação e, tal e qual JEB nos últimos tempos da sua miserável e empobrecedora administração, optou por ofender os “30 adeptos”. Mais um dia passado após a contestação, despede o homem que antes tinha garantido permanecer no lugar, supostamente imune ao mau momento. É isto a Linha Roquete: loucura decisorial e desrespeito pelo Sporting e pelos seus adeptos.
"O Sportinguista, em mais de 100 anos de dita escolha, jamais ousou queimar ou detrair o símbolo e a cor que o identificam. Outros, os tais que clamam superioridade moral e identitária, fizeram-no.", dito por pai de Daniel.

3 de dezembro de 2011

O que merece ser debatido não o é, como isto:

Que atitude tão apropriada a elementos daquele clube!

Após o jogo do derby ter terminado e muitos se terem proposto a fazerem o papel de virgens ofendidas, criticando os adeptos do Sporting, eu escrevi muito sobre o assunto em questão tendo sempre em mente que o Benfica viria a Alvalade para disputar os quartos-de-final da Taça de Portugal.

No entanto, era apenas o coração a falar, o ardente desejo de poder receber em Alvalade a lampionagem, porque a realidade, logo após o resultado do sorteio ter sido divulgado, opinei-a eu:

Depois de eliminarmos o Belenenses, vamos jogar com o Marítimo.”

Sobre o jogo acima referido, não há muito a dizer. Resultado natural. Horas após terminar a partida encontrei-me com um amigo meu que é benfiquista ferrenho. Somos amigos desde há muito, andámos, desde o 5º ano, sempre na mesma escola, na mesma turma. Ele é benfiquista, eu sou Sportinguista. Adormeci 1 hora antes do jogo ter começado, pelo que não consegui ver uma partida que eu augurava que o Marítimo vencesse.

- Então, pá, foram pó caralho, né? – disse eu ao meu amigo.

- Não comeces. Nunca temos sorte nos sorteios. – respondeu-me ele.

- Nunca tens sorte? Mas estás a brincar comigo ou quê? Vocês são uns cagões do caralho!

- Pá…deixa-te de merdas…o Jesus é um burro do caralho, o chuta-chuta é um atrasado mental, o Aimar é o único que sabe jogar…

Ouvindo a insatisfação que sempre se instala num corpo benfiquista quando o presente corre um pouco mal, decidi interromper o meu grande amigo:

- O quê, são todos uma merda agora? – disse-lhe eu.

- E fomos roubados! – quase que gritou ele.

Nem continuei aquela curta troca de opiniões sobre o jogo. Peço desculpa pelos impropérios, mas entre amigos de longa data não há códigos de linguagem simpática. Sobre o roubo que ele referiu, eu nada podia dizer porque não vi o jogo. Só há momentos consegui ver os golos. Vi também a simulação daquele jogador espanhol contratado à equipa de reservas do Barcelona. Fico-me por aqui.

Com o Benfica fora da Taça e o Porto eliminado na ronda anterior, o favoritismo do Sporting, já considerável por força dos resultados e das exibições realizadas, é ainda superior. Somos agora o clube mais capaz de conquistar a Taça de Portugal, de movimentar a falange leonina, a melhor, até ao Jamor e de lá fazer uma festa como aquela que só nós sabemos fazer. É obrigatório seguir em frente e ir eliminando todo e qualquer clube que nos for sorteado, independentemente do estádio. Existem ainda clubes que nos podem colocar desafios consideráveis, como a Académica, e até o próprio Marítimo, mas o Sporting, este ano dotado de um treinador e equipa competentes, tem o dever histórico de passar todas as eliminatórias até ao dia em que o estádio a jogar for o Jamor, importante recinto que diz muito ao futebol nacional.

O director de comunicação do Benfica, uma figura que se achou no direito de se propagandear pelas piores razões possíveis, referiu que, para o jogo da Taça de Portugal que, acreditava ele, oporia o Sporting ao Benfica, o clube dele iria requisitar 40.000 bilhetes. Bem, o mais fácil e lógico seria mandá-lo para o Benfica (merda), mas não caminhemos por caminhos tão brejeiros. Será que o homem, agora fora da competição, quer ainda 40.000 bilhetes? Eu jamais me disporia a enviar para aqueles lados 40.000 bilhetes, um número que serve propósitos meramente noticiosos, mas disponho-me a defender a ideia de abrir o fosso para os adeptos vermelhos e atirá-los todos para lá. Caberão uns quantos milhares, não?

Mas devo admitir que estou um pouco triste com a eliminação do Benfica. Como Sportinguista, anseio jogar e derrotar os melhores, e obviamente que nada seria mais saboroso do que receber o eterno rival em Alvalade e dar-lhe, literalmente, no estádio e nas imediações, um valente pontapé na peida, recambiando-o para a pocilga todo dorido e a lacrimejar. Tenho ainda uns quantos desejos por realizar nesta época, mas farei referência a eles mais tarde. Penso que muitos Sportinguistas partilharão deles.

Regressando ao vídeo e à polémica sobre o clássico dos clássicos português, ficaremos então à espera que este momento feio e as atitudes nele contidas sejam debatidas em local próprio, como nos fóruns de desporto, jornais desportivos, etc., procurando diversificar um pouco o tema e o alvo do debate que até agora tem sido congeminado: criticar o Sporting e os seus adeptos e ilibando um clube cuja colecção de atitudes anti-desportivas sobram e chegam para décadas vindouras.

Segunda-Feira, não propriamente o dia ou a hora mais apropriadas para um jogo de futebol, o nosso Sporting vai receber o Belenenses. Marquemos presença! Conquistemos a vitória!