Godinho Lopes é um avião sem sistema de navegação. Com um rosto de medo e rápido a caminhar até à saída, afirmou, acabado de chegar ao aeroporto de Lisboa, que nada iria acontecer ao treinador. No dia a seguir, já protegido pelo afastamento físico de quem o contestava no aeroporto, menosprezou a justa contestação e, tal e qual JEB nos últimos tempos da sua miserável e empobrecedora administração, optou por ofender os “30 adeptos”. Mais um dia passado após a contestação, despede o homem que antes tinha garantido permanecer no lugar, supostamente imune ao mau momento. É isto a Linha Roquete: loucura decisorial e desrespeito pelo Sporting e pelos seus adeptos.
"O Sportinguista, em mais de 100 anos de dita escolha, jamais ousou queimar ou detrair o símbolo e a cor que o identificam. Outros, os tais que clamam superioridade moral e identitária, fizeram-no.", dito por pai de Daniel.

10 de dezembro de 2011

Frente ao(s) adversário(s) de hoje, a festa será verde-e-branca

Certamente que a maioria de nós, Sportinguistas, sabe que estão vendidos, até ao fim do dia de ontem, mais de 45 mil bilhetes, um fabuloso número, porém, apesar das circunstâncias que definem hoje o país e o futebol, um poder de compra reduzido e um futebol cuja honestidade foi há muito removida do jogo, respectivamente, perfeitamente natural. As massas leoninas, num jogo que será também o dos núcleos, estão prontas e ávidas de apoiar o Grande Sporting Clube de Portugal, num jogo de futebol que no outro lado do campo colocará um clube presidido por um homem que à honestidade diz muito pouco.

Um Sporting Clube de Portugal que apresenta em campo um conjunto de jogadores tão bons ou melhores do que outros clubes que se assumem tão ambiciosos quanto nós, como acontece, para nosso júbilo, esta época, é um Sporting Clube de Portugal bem apoiado, humana e numericamente. Ao deslocar-se aos vários campos deste país, os Sportinguistas, desde sempre uma massa associativa única e de capacidades singulares, daí o ódio e inveja que contra ela são manifestadas anualmente, respondem da melhor forma possível: comprando o bilhete apropriado à partida, apesar de por vezes o preço não ser nada convidativo, colocam o cachecol verde-e-branco ao pescoço, duas voltinhas e já está, símbolo de fora, virado para a frente, pois o anonimato clubístico, a mim, não me diz nada, camisola do Sporting vestida, e lá vai o Sportinguista a caminho do estádio. Objectivo? Nada mais fácil: sair do recinto com 3 pontos no bolso, melhor ainda se os jogadores que nos representam o fizerem de fora agradável aos olhos.

Godinho Lopes, o nosso presidente, fez questão de pedir aos adeptos “que sejam o 12º jogador”. O Sportinguista, deve-se admiti-lo, não é somente o 12º jogador. É também o 13º, o 14º, até, sempre que é necessário, o 15º. E continua… Nada de anormal, no entanto, pois as características que nos definem – paixão verde-e-branca sem limites ou barreiras, uma forma de estar e viver o clube sem paralelos neste país – tornam-nos num vértice fulcral para o clube, seja em que modalidade for. E defrontando o Sporting sempre mais do que o número legal de jogadores adversários permitidos, 11, pois a arbitragem, quando um dos clubes veste uma bonita camisola verde-e-branca, tende a ser mais do que um trivial elemento para ajuizar lances, é lógico que o Sporting possa também beneficiar de um elemento extra aos jogadores de campo. Esse elemento somos nós.

Como Sportinguista ferrenho e (quase) sempre presente, nada mais me alegra e motiva do que ver a minha casa, o Estádio de Alvalade, repleto de “familiares” meus. Sentir um Estádio de Alvalade à beira da lotação esgotada é um momento cujo significado supera o próprio desporto em si. Um Sportinguista, ao lado de amigos seus na bancada e à espera do apito inicial, sente-se bem quando à sua volta não existem cadeiras vazias e em campo estão jogadores que merecem vestir a camisola do seu clube. Assim, é como estar, como que em pleno inverno siberiano, coberto e aquecido por uma manta que o frio homicida não consegue trespassar. Um Sportinguista, juntamente com o seu grupo de amigos, chega ao Estádio de Alvalade e, olhando para as escadas que dão acesso à zona de bilheteira, adora ver a escadaria e os acessos abarrotados de Sportinguistas, mesmo que o aperto aí existente não seja muito confortável. Ele continua pela estrada acima e, como no meu caso, não encontra um único lugar de estacionamento disponível. Em vez de frustrar-se com o momento, dá-se feliz, mete as duas mãos ao volante e procura outro lugar. Estaciona o carro. Caminha várias centenas de metros. Caminha-os com um sorriso no rosto, à espera de fazer o mesmo caminho de volta, mas com 3 pontos no bolso e uma exibição que merecerá vários minutos de aplauso e gritos de incentivo.

Não é apenas um dia de jogo de futebol, pois em outra modalidade, uma na qual o nosso clube detém o mais premiado palmarés e no qual é bi-campeão nacional, derrotando por duas vezes consecutivas o clube que hoje encontrará em campo, o Sporting pode muito bem saltar do segundo lugar, posição pouco habitual, para o primeiro, posição classificativa que nos é geneticamente apropriada.

Força Sporting Clube de Portugal!