Godinho Lopes é um avião sem sistema de navegação. Com um rosto de medo e rápido a caminhar até à saída, afirmou, acabado de chegar ao aeroporto de Lisboa, que nada iria acontecer ao treinador. No dia a seguir, já protegido pelo afastamento físico de quem o contestava no aeroporto, menosprezou a justa contestação e, tal e qual JEB nos últimos tempos da sua miserável e empobrecedora administração, optou por ofender os “30 adeptos”. Mais um dia passado após a contestação, despede o homem que antes tinha garantido permanecer no lugar, supostamente imune ao mau momento. É isto a Linha Roquete: loucura decisorial e desrespeito pelo Sporting e pelos seus adeptos.
"O Sportinguista, em mais de 100 anos de dita escolha, jamais ousou queimar ou detrair o símbolo e a cor que o identificam. Outros, os tais que clamam superioridade moral e identitária, fizeram-no.", dito por pai de Daniel.

9 de novembro de 2011

No Sporting Clube de Portugal não existe espaço para atitudes que prejudicam o clube

É sensato da minha parte fazer uma referência à agressão cometida pelo jogador João Pereira quando nos outros clubes acontece o mesmo, na maior parte das vezes passando tais atitudes impunes?

É. Sim. Yes. Oui. Ja. Sí.

Porque, como fica entendido no título desta mensagem, no Sporting Clube de Portugal, clube com mais de 100 anos de vida e formador dos melhores talentos desportivos que este país já viu, exigimos jogadores com brio, integridade e bom comportamento – sai vencedor o clube. Acima de tudo, que respeitem a camisola e que entendam que primeiro que eles está o clube e o símbolo que o identifica, que pesa muito por resultado da sua enorme substância histórica. Quando um jogador que é importante na equipa principal, dos poucos que no iniciar da época era considerado unanimemente como titular e como um dos grandes jogadores do nosso plantel e dos melhores do campeonato português, agride um jogador da forma como João Pereira o fez, logo naquele instante colocando em causa a sua presença na partida de então, que estava complicada de assegurar a vitória, coloca em perigo um objectivo que a nós todos nos parece alcançável, que é conquistar o campeonato. Não colocando apenas em risco os três pontos que estavam complicados de conquistar frente ao União de Leiria, João Pereira, repetente jogador em atitudes puníveis com cartão vermelho, pode muito bem ser privado de defrontar um clube que é não só o principal rival do nosso clube, como está a um ténue  ponto de vantagem de nós, margem essa que pode muito bem, esperamo-lo, ver-se decapitada na próxima jornada, quando o Sporting Clube de Portugal se fizer deslocar ao campo do rival, no dia 26 do presente mês, naquele que é o principal encontro desportivo de Portugal.

A resposta do Sporting ao seu próprio jogador, não devendo ser expectante de eventual castigo surgir pelo agora renascido método do sumaríssimo, método punitivo que permaneceu sempre na sombra até agora, algo que é tudo menos estranho, e trazido à tona do debate por um jornal que em toda a sua escrita é lampiónica, um pasquim que se presta a valorizar jogadores mais do que o próprio clube que detém os seus passes (Gaítan já fez mais capas nesse jornal do que as vezes em que foi considerado o mais preponderante elemento em campo…, e é um processo tão básico e cíclico que dentro de poucos meses surgirá outro jogador fetiche), deve ser exemplar: puni-lo severamente. E puni-lo monetariamente deve ser a forma encontrada, não privando-o de jogar, pois isso João Pereira fá-lo bem, sendo de forma inegável a melhor solução para a posição que o Sporting tem no plantel. O castigo, via retenção de salário através de multa, deve ser pesado, mas também pedagógico, por assim dizer. O importante não é reduzir o salário ao jogador, mas educar o mesmo. João Pereira, que esta época já envergou em seu braço a braçadeira de capitão, feito que incrementa as responsabilidades dele no plantel, sabe melhor do que ninguém a importância que tem na equipa. Agredir um qualquer jogador, mesmo que este mereça, não é solução desejável, bem pelo contrário. É altamente lesivo para o clube. Não é a primeira vez que este jogador se comporta assim. Uma vez fê-lo e obrigou o Sporting a defrontar quase 90 minutos o eterno rival com menos um jogador, num jogo que terminou com um resultado obsceno.

Sou um decidido adepto de processos sumaríssimos, não muito da ferramenta em si, mas muito mais do que a mesma pode oferecer ao futebol português se aplicada sempre que os momentos o exigirem. O futebol português, muito fraco em jogadores e paupérrimo em representação institucional, beneficiaria de uma atitude mais proficiente de quem os impõe, de preferência imparcialmente, não para subjugar clubes sem poder, por culpa da sua dimensão reduzida ou porque assim o preferem, como o Sporting, que não quer nada com quem, Benfica e Porto, começa todos os campeonatos com um factor de vantagem sobre todos os outros – a presente edição então é um coma. Este futebol, o português, está impregnado de simuladores, de gajos mascarados de futebolistas que ao primeiro toque se atiram para o relvado e desvirtuam o objectivo do jogo, que é jogar à bola. Não há jogo em que mais de 80% das faltas sejam resultado de pouca atitude competitiva dos jogadores, não de violações das normas. Em Portugal, determinados clubes têm jogadores peritos em congeminar faltas. Lá em cima existe um que é tão perito a “criar” faltas quanto o seu presidente a entrar em relações com mulheres de proveniência duvidosa. Sumaríssimos nesses gajos todos, nem que para isso os clubes tenham de recorrer a escalões inferiores para encher a lista de convocados. Eu, devo admitir, sou até bastante extremista nas punições: grande penalidades simuladas devem ser punidas com 10 jogos de suspensão. Garanto-vos que elas deixarão de existir.

Se um castigo surgir, algo que eu creio ser provável devido ao nome do próximo adversário, o Sporting Clube de Portugal não deve aceitar a decisão levianamente, sem se insurgir contra a mesma e a expor como sectária. Deve rapidamente expor todos os outros casos existentes, e esses existem em abundância. Se o João Pereira ficar de fora da próxima partida do campeonato nacional, também o regulamento que o privar do próximo jogo deve impedir outros, e que vestem de vermelho, marquem presença. Com toda a certeza existirão momentos que justificarão castigos idênticos a jogadores dos vermelhos.

Eu sempre critiquei jogadores que fazem da agressividade cobarde uma das suas características-chave. Javi Garcia, por exemplo, conta pelo menos uma agressão por jogo. Sempre que disputa uma bola pelo ar agride o jogador adversário com os seus cotovelos demasiado livres de movimento. Ou isso, ou o jogador espanhol crê poder voar. Como a última questão está humanamente colocada como impossível, é óbvio que Javi adora, além de ofender outros por motivos raciais, agredir companheiros de profissão. Antes dele, outros o fizeram sempre: Petit, por exemplo, que, não chegando agredir tudo o que se aproximava a um metro da bola, também adorava banhar os árbitros com saliva. Mesmo banhando-os, passou sempre impune. Lá mais para cima, onde o vinho é dos bens mais queridos e exportados, também existiu um jogador que adorava testar a resistência óssea dos seus adversários, o sebento Bruno Alves.

Concluo com um desejo de rápidas melhoras para os Sportinguistas que tombaram no fosso de Alvalade. Espero que possam marcar presença no próximo jogo do Sporting, pois o vosso lugar é no estádio de Alvalade, não no Hospital Santa Maria. A atitude de Capel também merece ser referida: é destas atitudes que o clube precisa e é assim que ele é dignificado. Capel merece ser ídolo das gentes de Alvalade. Merece-o desportiva, porque em campo é sempre dos melhores e dos que mais entrega demonstra, e humanamente, algo que rareia no futebol.