Comecemos primeiro mencionando o que vale a pena, o que é bom, o que nos faz sentir orgulho naqueles que ajudaram a construir o Sporting. É impensável escrever seja o que for sobre grandes jogadores deste clube, são muitos, sem mencionar o nome de uma verdadeira lenda do Sporting Clube de Portugal, felizmente ainda caminha entre nós: Hilário. Chega ao Sporting de Portugal vindo do Sporting de Lourenço Marques em 1959. Saiu do clube, ao mesmo tempo terminando a carreira de jogador, em 1973: melhor defesa esquerdo não só do clube, como de Portugal. No entanto, por cá continua. Obrigado. Vi-o, há uns anos, em Alvalade, passeava o Hilário perto da bilheteira que fica à entrada do Alvaláxia. Eu tinha acabado de sair da estação do metro, ia ao centro comercial almoçar com uns amigos da minha turma, quando o vi. Reconheci-o imediatamente. A tez e o rosto são inconfundíveis. Aproximei-me dele. Ele não deu conta. Pus-me à sua frente e estiquei o meu braço. Disse, “Hilário, sou sócio do Sporting e quero agradecer tudo o que fez pelo meu clube.” Hilário olhou para mim surpreendido, tímido. Retorquiu agradecendo-me pelas palavras que lhe enderecei. Fiz o meu dever, nada mais. O que torna o momento inesquecível foi o rosto do Hilário quando lhe agradeci. Sentiu-se surpreendido por um jovem saber quem ele era… Para um Sportinguista digno desse mesmo estatuto, não saber quem é o Hilário é o mesmo que um Jesuíta desconhecer Jesus Cristo. Mas acontece, infelizmente.
Grande Hilário! Super Hilário! O melhor defesa-esquerdo português de sempre!
A melhor forma de resumir parte da entrevista disponível no site do Record (retirada à parte principal que faz parte do jornal Sporting) é assim: o melhor defesa-esquerdo português de todos os tempos responde ao terceiro ou quarto, ou talvez mais adiante, melhor avançado português de sempre:
As palhaçadas do Eusébio, cujos números enquanto jogador são uma vergonha quando comparadas com o verdadeiro Rei do futebol português, Fernando Peyroteo, continuam a passar livres de reacção justa, isto é, condenatória.
Por exemplo, não deve o Sporting reagir, fazendo outros ver o pouco digno comportamento deste ex-jogador e agora inútil/pendura/boneco de LFV que se notabilizou também num pouco digno clube, quando o Eusébio, talvez preocupado por já ninguém de interesse lhe prestar atenção, acompanha sempre, qual herpes com pernas, Cristiano Ronaldo, jogador formado no Sporting Clube de Portugal?
As declarações do Eusébio espelham o declarante, nada mais. Quando o Eusébio deixar de fazer parte deste mundo, ora indo para a terra, devolvido, ora para o céu, cada qual acredita no que acredita, a minha resposta será a seguinte: “Que horas é que são?” Espero ter alguém ao meu lado que me possa dizer as horas. Não uso relógio. Nunca cultivei esse hábito, admito. Aliás, é também um pretexto interessante para meter conversas com terceiros…terceiras, melhor dizendo.
Não merece respeito quem não o atribui a outros. Fácil.
No próximo Sábado, tu, longe de seres o melhor português de sempre na modalidade de futebol, vais chorar. Tu e outros centenas de milhares. No próximo Sábado, os três pontos serão conquistados na Luz mas entregues em Alvalade.
Termino pedindo desculpa ao eternamente grande Hilário por mesclar o nome Eusébio num post que serve principalmente para reconhecer o Hilário por aquilo que ele vale: muito, sem possibilidade de definir valor!