Godinho Lopes é um avião sem sistema de navegação. Com um rosto de medo e rápido a caminhar até à saída, afirmou, acabado de chegar ao aeroporto de Lisboa, que nada iria acontecer ao treinador. No dia a seguir, já protegido pelo afastamento físico de quem o contestava no aeroporto, menosprezou a justa contestação e, tal e qual JEB nos últimos tempos da sua miserável e empobrecedora administração, optou por ofender os “30 adeptos”. Mais um dia passado após a contestação, despede o homem que antes tinha garantido permanecer no lugar, supostamente imune ao mau momento. É isto a Linha Roquete: loucura decisorial e desrespeito pelo Sporting e pelos seus adeptos.
"O Sportinguista, em mais de 100 anos de dita escolha, jamais ousou queimar ou detrair o símbolo e a cor que o identificam. Outros, os tais que clamam superioridade moral e identitária, fizeram-no.", dito por pai de Daniel.

30 de maio de 2011

Um aviso à família Sportinguista

Os jornais desportivos entram naquela que é a fase mais desportivamente morta da época. Não existem jogos de futebol a comentar, pelo que, dado o findar da época, entramos em período de transferências, ou seja, os clubes ponderam agora os jogadores de que necessitam para reforçarem as suas equipas e, como consequência de um conjunto de desejos que se desejam úteis e criteriosos, obter os objectivos que se pretendem ver alcançados na época desportiva que se inaugura em Agosto próximo, isto atinente ao campeonato nacional de futebol, que eu creio terminar com a gigantesca família leonina a festejar por todo o país. Eu em Lisboa, num Marquês de Pombal e o seu querido leão há muito desejosos da nossa virtuosa e alegre companhia, e outros tantos, milhões, por Portugal, Angola, EUA, França, todos os muitos locais com volumosa presença portuguesa, nos quatro cantos do planeta.

Tendo esse supremo aspecto sempre em mente, é importante denotar que o que vende, neste particular momento, não é a notícia em si, é a forma como ela nos é transmitida. Um qualquer rumor, se calhar construído na secretária de um qualquer jornalista ávido de apresentar trabalho a um editor se calhar demasiado exigente, é logo colocado como manchete do dito jornal. Um qualquer rumor, se calhar assim dado a conhecer porque se tratou de um telefonema informal de um representante do Sporting a um hipotético representante de um determinado jogador, é logo transformado em algo concreto, talvez uma proposta concreta avaliada em vários milhões de euros, aliada a uma proposta de salarial também ela avaliada em vários milhares de euros, mais uns quantos bónus, etc.

Uma forma deveras fácil de ajudar um determinado órgão de comunicação desportiva é precisamente municiar o mercado com notícias falsas. Sabemos que o Sporting se encontra necessitado de um defesa-central, pelo que é natural que os directores do nosso clube sondem os vários nomes disponíveis no mercado. Sendo lógico, um jornalista desportivo, que possui mais meios que qualquer um de nós, além daqueles puramente fantasiosos, pode muito bem utilizar a sua mente e chegar a uns quantos nomes que seriam encarados pela família Sportinguista como alvos dignos do clube, acessíveis às nossas capacidades financeiras.

Notícias relacionadas com hipotéticas transferências vendem, e vendem bastante. São aspectos que diferenciam o jornal A do jornal B. 90% dos nomes noticiados pela comunicação social, provavelmente mais, são falsos, são resultados de devaneios especulativos de quem depende do número de jornais que vende.

Sobre outro aspecto, este determinadamente mais ligado à forma como o clube é gerido, é muito fácil denegrir os directores do Sporting: basta para isso ligar um determinado nome ao clube e, depois, anunciar a sua contratação por parte de um qualquer outro clube senão o nosso. Transmite aquela mensagem de incapacidade negocial do Sporting, de falta de prestígio para encorajar este ou aquele jogador a assinar por aquela que é, sem margem para dúvidas, a instituição desportiva mais galardoada deste país.

Só come o que a imprensa põe no prato quem quer, quem necessita de rumores para poder escrever isto ou aquilo, ou para colocar em cheque os directores do Sporting. Eu cá prefiro adoptar uma postura calma, serena, paciente, porque acredito numa próxima época muito mais produtiva e digna que aquela que findou há semanas.

A blogoesfera leonina também deve pausar por um breve momento e pensar um pouco sobre aquilo que publica todos os dias. Não faltam por aí blogues que funcionam de uma maneira ainda mais prolífica em tretas conspirativas que os jornais, os supostos centros nevrálgicos da especulação, da mentira, da congeminação de artigos meramente objectivados para a venda pura e dura. Eu sei que é muito bom ser visitado por milhares e milhares de internautas, mas eu tenho para o meu coração Sportinguista a ideia de que o Sporting merece ser tratado de forma digna, assim como os Sportinguistas. “Recebi um mail”… A sério? Isto é o quê? Como é que um Sportinguista sério define uma entrada que começa da forma que agora mencionei? Não seria justo, depois de o completo e expectável fracasso da contratação avançada por esse “mail”, atribuir a essa dita fonte o tratamento do silêncio, da obscuridade?

Não estamos na famigerada silly season, onde nomes novos são lançados diariamente como peixes capturados por barcos pesqueiros gigantescos, estamos na bullshit season, onde as redacções dos meios supostamente de objectivo informativo são autênticas retretes noticiosas. Entupidas.