Godinho Lopes é um avião sem sistema de navegação. Com um rosto de medo e rápido a caminhar até à saída, afirmou, acabado de chegar ao aeroporto de Lisboa, que nada iria acontecer ao treinador. No dia a seguir, já protegido pelo afastamento físico de quem o contestava no aeroporto, menosprezou a justa contestação e, tal e qual JEB nos últimos tempos da sua miserável e empobrecedora administração, optou por ofender os “30 adeptos”. Mais um dia passado após a contestação, despede o homem que antes tinha garantido permanecer no lugar, supostamente imune ao mau momento. É isto a Linha Roquete: loucura decisorial e desrespeito pelo Sporting e pelos seus adeptos.
"O Sportinguista, em mais de 100 anos de dita escolha, jamais ousou queimar ou detrair o símbolo e a cor que o identificam. Outros, os tais que clamam superioridade moral e identitária, fizeram-no.", dito por pai de Daniel.

21 de maio de 2011

A possível demissão de Luís Duque

Dado fazer parte do elenco Godinho Lopes, e tendo eu apoiado ferozmente a candidatura de Bruno Carvalho à presidência do nosso clube, várias vezes “ataquei” determinadas realidades relacionadas com Luís Duque, nomeadamente o caso BPN. No entanto, e apesar de o ter feito sempre baseado em realidades (processo que envolve directamente Duque), sempre admiti que gosto de Duque. Penso que a sua presença no Sporting confere ao nosso clube algo que ele há muito não tem: disciplina e, dentro do legal, sapiência. Quer gostem ou não, Duque conhece os meandros, podres, do futebol português, e jamais o Sporting conseguirá ser um forte candidato ao título se optar por manter a ignóbil postura que tem vindo a adoptar até hoje: mansa, passiva, alheada, ainda por cima conscientemente, da realidade que define o futebol nacional: é preciso que o nosso clube se saiba movimentar nos bastidores, pois é muitas vezes nesse local, sombrio e há muito personificado nos rostos do costume (o putanheiro Pinto da Costa, o dono-mor do futebol português há muito, sentindo hoje, contudo, a concorrência de outro corrupto, Luís Filipe Vieira), que se decidem aspectos que dificultam ou facilitam a caminhada para o título.

O Sporting Clube de Portugal não deve procurar corromper árbitros, etc., mas apenas garantir que a arbitragem não o prejudica. Que ninguém entenda que eu defendo um Sporting corrupto. Nada poderia ser mais ofensivo ora para mim, que em tempo algum suportaria ver o meu amado clube na lama dos interesses que dominam o futebol português quase desde sempre, ora para o clube, que tem um sentido de identidade a manter.

Dito isto, e sendo Duque, sem margem para qualquer dúvida que seja, o único rosto que me merece atenção neste elenco liderado por Godinho Lopes, apena faço questão, porque sou sócio, principalmente, e adepto do SCP, exigir, passe a expressão, o seguinte: caso Duque confirme a sua demissão, para enorme pena minha, que não justifique a mesma com um desculpa ambígua, das que normalmente compõem os comunicados que pretendem somente esconder um determinado assunto. Que explique detalhadamente as razões da sua demissão. Os Sportinguistas merecem-no, mais ainda os que depositaram em Godinho Lopes os seus votos tendo em conta o nome Luís Duque, o que o mesmo poderia trazer ao Sporting.

Eu tenho para mim, e aqui admito que em total rumor, que o problema se deve às repercussões futuras das decisões tomadas na última Assembleia-Geral da Sporting, SAD. O depenar encapotado continua o seu processo natural, não se enganem. No que concerne à SAD do nosso clube, os Sportinguistas deveriam preocupar-se com um ponto que é por mim referido há muito, especialmente durante o período eleitoral que findou há meses: os VMOC. O Sporting Clube de Portugal, instituição centenária e com um palmarés de dimensão única em Portugal, de longe, e dos mais vitoriosos do mundo, arrisca-se a perder controlo da modalidade futebol. Provavelmente, até porque o Sporting é, infelizmente, um clube pródigo em rumores e automutilação, o assunto que parece separar Luís Duque da restante estrutura directiva pode ter que ver, em alternativa à primeira hipótese por mim enunciada, com o treinador, o nome que ocupará o cargo que há muito desejamos ver preenchido por gente séria e competente, e não por nomes que pouco ou nada possuem de interessante. Terá havido uma cambalhota, um trapezismo à la Gestão Roquete neste assunto? Esperemos para ver.

E não posso, parece-me pertinente e lógico fazer a seguinte referência, deixar de opinar o seguinte: um presidente que deu a conhecer a sua candidatura referindo sistematicamente a dupla Carlos Freitas-Luís Duque, garantindo que a simbiose entre ambos era o seu grande trunfo, não pode permitir-se a ficar no clube se uma parte dessa dupla, sem dúvida a que mais apoio gerou nos seus apoiantes, se demitir. Godinho Lopes, caso Duque leve em frente a sua demissão, que pode apenas ser um devaneio especulativo oriundo dos sectores que há muito temem um ressurgimento efectivo e duradouro do grande, do enorme, do único Sporting Clube de Portugal, deve pedir imediatamente a demissão. Não pode continuar, ponto final. Seja como for, este é mais um sinal para os missionários da Linha Roquete: tranquilidade com este gente é uma tarefa espartana. A possível saída de Duque significa a queda da administração Godinho Lopes, pois ninguém a funcionar com todas as suas faculdades crê na qualidade técnica e humana que hoje existe no Sporting, além, naturalmente, da do próprio Duque, uma figura que gera consenso na família leonina. Bem ou mal, é dos poucos dirigentes dos últimos 20 anos cuja competência, aliada a resultados concretos, é reconhecida e tida em conta. Godinho sabe-o, daí que tenha referido constantemente o nome de Duque.

Por outro lado, se não se confirmar a demissão, portanto tudo sendo um rumor malicioso e tingido, parece-me, de vermelho, o Sporting Clube de Portugal deve imediatamente vir a público, com Luís Duque à frente da hoste que se apresentar, pedir explicações e trabalhar naquele que é, na minha humilde opinião enquanto sócio e adepto do Sporting, o principal objectivo: unir o mundo Sportinguista, de dimensão superior e nacional, em torno do clube.