Godinho Lopes é um avião sem sistema de navegação. Com um rosto de medo e rápido a caminhar até à saída, afirmou, acabado de chegar ao aeroporto de Lisboa, que nada iria acontecer ao treinador. No dia a seguir, já protegido pelo afastamento físico de quem o contestava no aeroporto, menosprezou a justa contestação e, tal e qual JEB nos últimos tempos da sua miserável e empobrecedora administração, optou por ofender os “30 adeptos”. Mais um dia passado após a contestação, despede o homem que antes tinha garantido permanecer no lugar, supostamente imune ao mau momento. É isto a Linha Roquete: loucura decisorial e desrespeito pelo Sporting e pelos seus adeptos.
"O Sportinguista, em mais de 100 anos de dita escolha, jamais ousou queimar ou detrair o símbolo e a cor que o identificam. Outros, os tais que clamam superioridade moral e identitária, fizeram-no.", dito por pai de Daniel.

6 de abril de 2011

Auditoria Financeira–o que é, para que serve, quem a executa? [1]

Temos ouvido bastantes vezes a referência a uma auditoria financeira.

Godinho Lopes, candidato que venceu as eleições, compromete-se a fazer uma auditoria financeira externa, embora eu admita que desconheço se a mesma incidirá sobre todo o Grupo Sporting (aquela panóplia inacreditável de empresas) – a única auditoria que interessa – ou se será limitada à Sporting, SAD.

A ver se não me esqueço de nada de importância considerável.

De forma a não tornar este post muito longo e dotado unicamente de termos técnicos, resumirei esta intervenção àquilo que mais interessa, isto é, às partes essenciais e gerais do que diz respeito ao instrumento Auditoria Financeira.

Auditoria Financeira enquanto mecanismo de informação financeira credível:

Em termos gerais podemos afirmar que todo e qualquer tipo de informação deve ser credível de forma a que as pessoas a quem a mesma se destina possam dela retirar conclusões adequadas e pertinentes.

Dado que a informação aqui respeitante diz respeito a uma instituição desportiva que se faz representar através de uma Sociedade Anónima Desportiva, portanto sendo considerada uma empresa e tendo, por consequência, de ser gerida como tal e de cumprir determinadas normas pré-definidas, as informações a ela correspondentes são transmitidas através de vários documentos financeiros, as demonstrações financeiras. Tendo tal em mente, urge identificar os vários agentes envolvidos: as que preparam [as demonstrações financeiras], as que a auditam, as que analisam e as que a utilizam.

A parte mais interessada na equação acima descrita é, como é óbvio, a última, os utilizadores, pois é através da informação disponível que o processo de tomada de decisão ganha forma. A decisão pode ser de variada função ou objectivo:

1) decidir quanto comprar, deter ou vender um investimento financeiro;

2) avaliar a gestão praticada;

3) avaliar a capacidade financeira e organizacional da empresa;

4) avaliar a segurança do capital emprestado por terceiros;

5) determinar a política fiscal a praticar;

6) identificar os lucros e determinar os dividendos distribuíveis;

7) preparar e utilizar as estatísticas relacionadas com o rendimento nacional;

8) regular o sector de actividade;

Os pontos acima descritos pertencem à parte relacionada: investidores; trabalhadores; financiadores; fornecedores; clientes; entidades governamentais; público.

Investidores: os que fornecem o capital e que se preocupam com o destino e utilização do seu investimento;

Trabalhadores: interessados na informação relacionada com a estabilidade e rentabilidade da entidade patronal;

Financiadores: interessados em determinar se os seus empréstimos e correspondentes juros serão pagos nas respectivas datas de vencimento;

Fornecedores: interessados em informação que lhes permitam determinar se as quantias que lhes são devidas serão pagas nas respectivas datas de vencimento (numa óptica de curto e médio prazo, ao aposto do financiador, que aborda a informação numa perspectiva de longo prazo);

Clientes: interessados em saber a capacidade de continuidade da empresa;

Entidades Governamentais: interessados na actividade da empresa, dado serem reguladores e legisladores;

Público: interessados na actividade da empresa, no que esta proporciona à comunidade local, as suas práticas corporativas, etc;

Características qualitativas da Informação Financeira:

As características desejáveis são fornecidas, delineadas e regulamentadas pela IASB, o International Accounting Standards Board.

As seguintes características devem ser entendidas como premissas fundamentais à elaboração de informação financeira credível e, também muito importante, relevante.

URRC: Understandability; relevance; reliability; comparability;

Understandability: a informação deve ser facilmente compreensível;

Relevance: informação que influencia as actividades da empresa e que se mantém omnipresente a toda a estrutura;

Reliability: a informação deve ser confiável;

Comparability: a informação da empresa A deve ser comparável à da empresa B, por exemplo;

Nota: existem outros aspectos que eu não mencionei, mas fi-lo propositadamente, dado que pretendo oferecer uma base informativa mínima a todos os Sportinguistas.

Continuarei amanhã.