Godinho Lopes é um avião sem sistema de navegação. Com um rosto de medo e rápido a caminhar até à saída, afirmou, acabado de chegar ao aeroporto de Lisboa, que nada iria acontecer ao treinador. No dia a seguir, já protegido pelo afastamento físico de quem o contestava no aeroporto, menosprezou a justa contestação e, tal e qual JEB nos últimos tempos da sua miserável e empobrecedora administração, optou por ofender os “30 adeptos”. Mais um dia passado após a contestação, despede o homem que antes tinha garantido permanecer no lugar, supostamente imune ao mau momento. É isto a Linha Roquete: loucura decisorial e desrespeito pelo Sporting e pelos seus adeptos.
"O Sportinguista, em mais de 100 anos de dita escolha, jamais ousou queimar ou detrair o símbolo e a cor que o identificam. Outros, os tais que clamam superioridade moral e identitária, fizeram-no.", dito por pai de Daniel.

27 de fevereiro de 2011

Nacional vs Sporting

Não pretendo, e não é esse o objectivo do blogue, começar a analisar jogos do Sporting, etc., mas vou, permitam-me, colocar de lado, somente para este jogo, esta regra, digamos assim.

Os Sportinguistas devem mentalizar-se do seguinte: não será possível rentabilizar Torsiglieri e Carriço ao mesmo tempo. Um será sacrificado. Ambos jovens, portanto inexperientes e ainda em fase de crescimento enquanto jogadores com reconhecido potencial, necessitam urgentemente de um “pai” ao seu lado, um defesa experiente. Ou seja, ambos precisam de um André Cruz, por exemplo, ou de um Luisinho, isto é, defesas qualitativamente acima da média e com bastante experiência no desporto em questão. Os defesas experientes, acima de qualquer outra característica, têm algo essencial a ensinar aos mais jovens: posicionamento e capacidade de entender o jogo.

Uma defesa deve ser composta por jogadores que se complementam. Ao lado de um defesa central posicionalmente forte, deve existir um defesa central rápido. Ao lado de um defesa central fisicamente forte, deve existir um defesa central ágil. Complementaridade é essencial.

No Sporting, infelizmente, tal não existe. Torsigilieri e Carriço, embora fisicamente distintos, são muito similares no seu estilo de jogo. Ambos demonstram, para sofrimento de todos nós, uma elucidativa incapacidade de contrariar avançados velozes. No jogo de hoje, que ainda não terminou, temos constatado algo que tem ocorrido de forma regular: qualquer ataque contrário que possua avançados rápidos consegue facilmente, às vezes tocando no inacreditável e no imaturo, desnortear a nossa defesa, ultrapassando-a sem grandes problemas. O defeito torna-se mais irrefutável quando o nosso meio-campo, nomeadamente os médios da zona central, é também ele lento e pouco capaz de reagir a transições rápidas do adversário.

O que está um jogador como o Yannick a fazer no Sporting? Às vezes descontrola-se e marca uns golos, eu sei. Na maior parte das vezes, e é aqui que conta, este rapaz não consegue sequer dominar uma bola. Corre muito, dizem-me, é rápido, etc., mas de que valem tais características quando o jogador em questão é tecnicamente incapaz de dar seguimento à jogada?

O momento é mau, é péssimo, é doentiamente ofensivo a todos nós e, principalmente, ao clube, mas nada justifica a forma como Postiga executa aquela grande penalidade. Fez a famigerada paradinha, conseguindo que o GR se movesse, mas rematou a bola de forma incrivelmente incompetente, virtualmente ao centro da baliza.

Jogam mal, com ou sem nevoeiro, e o único ponto positivo disto tudo, e tal é difícil de admitir, é mesmo a forma como Matías assume a direcção das manobras ofensivas da equipa. Ágil, rápido, posicionalmente inteligente, capaz de passar bolas de forma perspicaz, presente em quase todos os lances ofensivos da equipa. É de um Matías assim que o Sporting precisa.