O Godinho quer fazer de mim parvo. Quer dar-me uma palmada paternalista no rabo e enganar-me. Não avança nomes, diz ele, porque não estaria a ser sério se o fizesse. Não tem projecto, não tem ideias, ponto final, pelo que prefere este tipo de estratégia – encapotada seriedade. No entanto, não deixou de referir que o próximo presidente terá de fazer face a dívidas de curto prazo no valor de 20 milhões de euros.
Palmas ao trapezista eleitoral Pereira Cristóvão, cuja inutilidade prática se vê presenteada com uma posição altamente prestigiante e importante para o futuro do Sporting Clube de Portugal: infra-estruturas. Veremos se, caso eleito, pretende dar seguimento a algumas das suas promessas anteriores (fosso, cadeiras, etc), ou se pretende somente contratar empresas cujo negócio envolve a manutenção dos jardins de Alcochete, casas de banho, etc.
Bruno Carvalho tem toda a razão quando refere que esta (lista de Godinho, prontamente presenciada por vários rostos administrativamente ligados a um dos principais credores do Sporting, o Banco Espírito de Santo) é “uma lista de nomes, não de soluções”.
E por que razão os nomes Luís Duque e Carlos Freitas não estão oficialmente confirmados, no papel, de preferência com confirmação verbal dos mesmos?
Se dúvidas haviam acerca de quem iria representar, novamente, a banca no Sporting, estão desfeitas.
Atenção. Eu jamais defenderei uma postura institucional de aversão ao sector bancário, bem pelo contrário. Presentemente, encontro-me a estagiar numa das maiores instituições financeiras do mundo, pelo que seria paradoxal aproveitar este blogue para criticar o BES ou o BCP ao mesmo tempo que, como consequência e necessidade do Msc in Finance and Private Equity (London School of Economics), estagio numa instituição financeira, mesmo que imensamente superior aos bancos BES e BCP. A título de curiosidade, o volume de negócios é metade do PIB de Portugal e a carteira de activos é superior ao PIB do Reino Unido (nominal).
Contudo, e afirmando sempre que qualquer projecto vindouro terá de contar com o sector bancário como aliado/parceiro, o que o Sporting precisa, acima de tudo, é uma forte injecção de identidade, directamente na veia, passe a expressão. O caminho para o sucesso passa pela valorização da marca Sporting e pela melhoria do processo de tomada de decisão.
Transparência, credibilidade, eficiência, Visão e Sportinguismo: pilares fundamentais.
A nuvem da má gestão, possivelmente dotada de matéria punível criminalmente, jamais se libertará do clube enquanto não for justificada a total constituição do passivo. Ou seja, como foi possível atingir tamanha dívida.