Godinho Lopes é um avião sem sistema de navegação. Com um rosto de medo e rápido a caminhar até à saída, afirmou, acabado de chegar ao aeroporto de Lisboa, que nada iria acontecer ao treinador. No dia a seguir, já protegido pelo afastamento físico de quem o contestava no aeroporto, menosprezou a justa contestação e, tal e qual JEB nos últimos tempos da sua miserável e empobrecedora administração, optou por ofender os “30 adeptos”. Mais um dia passado após a contestação, despede o homem que antes tinha garantido permanecer no lugar, supostamente imune ao mau momento. É isto a Linha Roquete: loucura decisorial e desrespeito pelo Sporting e pelos seus adeptos.
"O Sportinguista, em mais de 100 anos de dita escolha, jamais ousou queimar ou detrair o símbolo e a cor que o identificam. Outros, os tais que clamam superioridade moral e identitária, fizeram-no.", dito por pai de Daniel.

24 de maio de 2011

Eu concordo com ele!

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É verdade, caro Domingos, é verdade. Domingos Paciência, amigos, é o homem que vai guiar a equipa do nosso clube à conquista de um título que mais não é do um prémio inteiramente feito à medida da nossa história, da nossa identidade, do nosso museu.

Ah, o museu do Sporting Clube de Portugal, uma infra-estrutura que certamente mereceu da parte do Domingos a reacção que o mesmo esboçou após ter visitado tão singular obra desportiva – uma história de cariz único e centenária conjugada num espaço em que se respira o mais puro do Sportinguismo. Domingos Paciência, adepto de um clube que conhecemos, chegou à conclusão, uma atitude racional, de que o clube do coração dele é, quando comparado com o nosso, um resíduo. Domingos faz agora parte do elenco do clube desportivo mais vencedor de Portugal. Treinar o Sporting Clube de Portugal, liderar um balneário com as especificidades do nosso, não é um qualquer desafio, nem pode muito menos ser considerado apenas como um desafio complicado, de difícil exigência e exigível consistência de resultados; treinar o GRANDE Sporting Clube de Portugal é…atenção…o desafio. É o desafio. Os corajosos, os que almejam para si mesmos uma carreira de sucesso e um reconhecimento inteiramente justo, não assinam contratos com quem lhes oferece tudo de mão beijada, a troco de umas quantas prostitutas de busto voluptuoso e traseiro rechonchudo, mas para os que reconhecem a dimensão do desafio que lhes foi proposto. O Sporting Clube de Portugal é o derradeiro desafio desportivo. Mas não se trata, penso que concordarão comigo, apenas de um desafio que é apenas hercúleo na sua exigência, mas de um desafio que, se correspondido, ou seja, se o Sporting comandado por Domingos vencer o campeonato, de profunda alegria e sentido de sucesso. Os milhões de Sportinguistas – mister Domingos, são mais de 3 milhões, garanto-te;o Sportinguista está por todo o lado, acredite– sabem como ninguém fazer uma festa como raramente se presencia em Portugal – apenas quando o título de campeão nacional é conquistado pelo nosso adorado clube.

Domingos, agora penetrando numa escrita meramente analítica, é uma óptima escolha para treinador do nosso clube, uma escolha que apenas por si merece ser elogiada por todos. Há muito que o Sporting Clube de Portugal não contratava um treinador cujo sucesso e competência são por todos reconhecidos. As suas equipas, e não querendo eu divagar muito pela complexa questão táctica que toma de assalto o futebol contemporâneo, praticam um futebol agradável à vista do adepto do desporto, mais ainda daquele cuja equipa Domingos treina. Poderemos então contar, e temos sentido falta de tal, com futebol de ataque. Futebol à Sporting, ora pois, o clube que apresentou a este país a melhor equipa que alguma vez representou um clube português: a equipa dos 5 violinos, música futebolística de elevada sintonia e resultado. O historial de Domingos enquanto treinador fala por si, e fala bem, deve-se dizer. Uns, os tais que se parecem ter licenciado em análise de futebol, uma tarefa a que todos costumamos aceder com a maior das facilidade, consideraram o trabalho de Jesualdo Ferreira no Braga como uma milagre dos nossos tempos. Depois, veio Jorge Jesus, conhecido Sportinguista, sócio inclusive deste fantástico clube. O último, porém, na altura uma vítima da máfia benfiquista, declarou, numa conferência de imprensa em pleno campo do Benfica, que desejar lutar pelo título, ao comando do Braga, só era possível na Playstation, a famosa consola da Sony – tive uma, mas o tempo e o uso foram impiedosos com a entrada de cd’s, tornando-a inútil, para tristeza minha, claro. Jorge Jesus saiu do Braga para o Benfica, o seu trabalho positivo universalmente congratulado, reconhecido e admirado. Chegou Domingos Paciência, vindo de um Académica que tinha registado a sua melhor classificação em mais de 15 anos. O trabalho exigido pelo sócio do Porto e presidente do Braga, António Salvador, era de complicada resolução. Não vale a pena divagar mais, passemos, então, à conclusão: Domingos colocou o modesto Braga a lutar pelo título de campeão nacional, concluindo o campeonato numa honrosa e esforçada 2ª posição. Levou o modesto Braga à final da UEFA, tendo eliminado nas meias-finais um clube com um orçamento largamente superior. Domingos Paciência, agora, é treinador do Sporting Clube de Portugal. O sucesso será apenas mais um passo numa carreira cuja consistência de resultados foi por todos constatada. Mas, para nossa profunda felicidade, será a família Sportinguista a saborear o feliz sabor do sucesso, algo que há muito nos foge.

O Sporting Clube de Portugal tem um museu de características e recheio únicas. Jamais algum clube português se aproximará do mesmo. Resta-lhes sonhar, e mesmo esse exercício irá soar a devaneios de um qualquer louco que não conhece os limites dolorosos da realidade. Um lampião, por exemplo, vive há muito numa terra que o consagra como “o maior”. Mas, quando acordado, sabe bem, e detesta-lo com todo o seu ser, que é no nosso clube que reside a mais honesta das grandezas. O tripeiro, esse, coitado, é um tipo que tudo deve a um gajo cuja conduta é conhecida por todos, especialmente os que prefiguram numa dita secção dos classificados.

O Sporting Clube de Portugal tem um museu. Esse museu, sabemo-lo porque já o visitámos, encontra-se totalmente cheio de acessórios que conferem razão à sua existência. Os seus espaços milimetricamente desenhados encontram-se repletos de títulos ganhos pelo clube, de taças outrora conquistadas, de acessórios pertencentes aos mais espectaculares dos jogadores, de fotografias de momentos de alegria e profundo significado. O melhor avançado português de todos os tempos tem lá uma fotografia e uma camisola: Peyroteo, não apenas o mais temível avançado português, como o mais prolífico goleador que a história deste desporto já viu. Também lá residem as luvas do melhor guarda-redes português de todos os tempos: Damas. Ou as botas do melhor defesa-esquerdo de sempre: Hilário. Ou do melhor ciclista. Ou do melhor andebolista. É necessário referir nomes? Não creio. Ou do melhor jogador de basquetebol. Ou do melhor jogador de Hóquei em Patins.

O clube do coração do Domingos – não interpretem esta minha afirmação como sendo uma crítica ao Domingos, nada disso, muito pelo contrário – não tem um museu como nosso. Nem museu tem, aliás.

Que sejas feliz no Sporting, amigo Domingos, Sportinguista Domingos, porque é nesta casa, de identidade e significado singulares, que os bons, os justos, os honestos vencem.