Godinho Lopes é um avião sem sistema de navegação. Com um rosto de medo e rápido a caminhar até à saída, afirmou, acabado de chegar ao aeroporto de Lisboa, que nada iria acontecer ao treinador. No dia a seguir, já protegido pelo afastamento físico de quem o contestava no aeroporto, menosprezou a justa contestação e, tal e qual JEB nos últimos tempos da sua miserável e empobrecedora administração, optou por ofender os “30 adeptos”. Mais um dia passado após a contestação, despede o homem que antes tinha garantido permanecer no lugar, supostamente imune ao mau momento. É isto a Linha Roquete: loucura decisorial e desrespeito pelo Sporting e pelos seus adeptos.
"O Sportinguista, em mais de 100 anos de dita escolha, jamais ousou queimar ou detrair o símbolo e a cor que o identificam. Outros, os tais que clamam superioridade moral e identitária, fizeram-no.", dito por pai de Daniel.

8 de novembro de 2010

Impensável aceitar o que hoje aconteceu

A incompetência é, infelizmente, hoje, a característica que melhor define o actual Sporting Clube de Portugal.

Um treinador sem currículo foi contratado. Apesar de muitos, incluindo eu, argumentarem que este não é o treinador que o Sporting precisa, eu, tal como muitos outros, decidi, a bem do Sporting e da tranquilidade do dia-a-dia do clube, dar uma oportunidade, mas só uma. Dei várias. Queimei-me. Cinzas.

Um treinador que continua a operar um sistema táctico inútil, um treinador que raramente utiliza as substituições disponíveis como arma estratégica (tempo de jogo) e de balneário (motivações). Afinal, que raio de treinador é este? Servirá somente para demonstrar ao mundo as possibilidades que o IPAD oferece aos treinadores do futebol, com bolas verdes que representam jogadores e linhas que, supostamente, representam movimentações em campo?

O Sporting perdeu com o Guimarães. Perdeu bem, perdeu, acima de tudo, por culpa própria, por culpa da falta de maturidade daqueles que foram contratados sob a ideia de trazerem à equipa mais maturidade, mais experiência, mais conhecimento de conquistar títulos: Maniche.

Maniche, hoje, traiu o Sporting e os Sportinguistas. Sendo um jogador de reconhecida personalidade difícil, Maniche agrediu, de forma idiota e não incentivada, um jogador da equipa contrária. E não se trata de uma equipa qualquer, um clube fraco, um resultado, até então favorável, garantido. Trata-se do Vitória de Guimarães, um dos clubes que mais dificuldades consegue criar aos mais fortes. Além de ser um clube naturalmente difícil de derrotar, este é um Guimarães bem orientado do ponto de vista táctico e de domínio da Língua Portuguesa (Machado, o erudito), este é um Guimarães que, antes das 20h de hoje, se encontrava com o mesmo número de pontos do que o Sporting Clube de Portugal, um clube de dimensão nacional, um símbolo de Portugal e dos portugueses, um clube cuja real identidade, única em Portugal, se encontra esquecida.

A falta de exigência é um dos problemas mais sérios do Sporting Clube de Portugal. Falta de exigência, falta de responsabilidade, falta de responsabilização: tudo características, ou falta delas, que hoje definem um clube único, o clube que apoio, o clube que define a minha disposição para o resto da semana. Faz-me chorar, rir, saltar, cantar, bater palmas, abraçar desconhecidos e desconhecidas.

Vim a Portugal, vindo do Reino Unido, para ver o Sporting, principalmente, e a família. Se o Sporting jogasse na próxima semana, só viria a Portugal nesse dia. Regresso triste ao Reino Unido. Regresso triste pelo facto de um clube enorme ser pouco respeitado, principalmente por aqueles que, supostamente, o servem.

No entanto, obviamente,

SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, SEMPRE!