Godinho Lopes é um avião sem sistema de navegação. Com um rosto de medo e rápido a caminhar até à saída, afirmou, acabado de chegar ao aeroporto de Lisboa, que nada iria acontecer ao treinador. No dia a seguir, já protegido pelo afastamento físico de quem o contestava no aeroporto, menosprezou a justa contestação e, tal e qual JEB nos últimos tempos da sua miserável e empobrecedora administração, optou por ofender os “30 adeptos”. Mais um dia passado após a contestação, despede o homem que antes tinha garantido permanecer no lugar, supostamente imune ao mau momento. É isto a Linha Roquete: loucura decisorial e desrespeito pelo Sporting e pelos seus adeptos.
"O Sportinguista, em mais de 100 anos de dita escolha, jamais ousou queimar ou detrair o símbolo e a cor que o identificam. Outros, os tais que clamam superioridade moral e identitária, fizeram-no.", dito por pai de Daniel.

29 de fevereiro de 2012

Agência Lusa e outros acontecimentos à portuguesa

É a primeira vez que leio que uma agência noticiosa “anula” uma noticia. Bizarro, no mínimo, patético, na realidade.

E que tal vomitarem cá para fora a dita fonte? Ou também a “anularam”? Ou a fonte “anulou-se” a si mesma? Ou a quem encomendou a notícia sentiu-se “anulado” pela sua própria patetice? Ou o verdadeiro objectivo, entendido desde o inicio desta treta toda, foi conseguido, ou seja, diminuir o foco sobre a decisão de despedir o Domingos, que no dia anterior ao despedimento foi dado como seguro no cargo que então ocupava no Sporting, e criar teorias alternativas que justificassem uma decisão que, apesar do bom começo de Sá Pinto no cargo e das declarações dos vários jogadores, eu continuo a considerar demasiado forçada e pouco e mal justificada?

Apurem-se responsabilidades, é o mínimo que os Sportinguistas, e o próprio Domingos, exigem.

Em Portugal a propensão a comédias tristes é imensa. O Boavista desceu por corrupção, o que não invalida a verdade de que este clube da cidade do Porto (muita coisa sinistra acontece em clubes daquela região de Portugal), o único verdadeiramente penalizado (e justamente!) no Apito Dourado, não é tão corrupto quando o FC Porto ou o Benfica, mas este dois permaneceram, e permanecem e permanecerão, imunes a qualquer criminalização dos seus comportamentos sabotadores. Agora, a decisão, estando já o Boavista nas ruas da amargura e tornado num clube tão apoiado quanto um qualquer clube local (a maior parte dos adeptos do Boavista prescindiu de apoiar o clube, abandonando-o), foi anulada. Pronto, lá estamos nós de novo neste verbo que nunca foi tão estranho como hoje em dia.

O Paulo Futre apresenta um programa no qual conecta ofertas de emprego a portugueses que procuram emprego. Depois de ter sido o Sporting a garantir a empregabilidade do próprio Paulo Futre, a sua chamada a inúmeros programas televisivos, a garantir-lhe ainda mais notoriedade para o lançamento do seu livro, estou ainda à espera de um agradecimento de Futre ao Sporting Clube de Portugal.

O clássico da Corrupção joga-se na sexta-feira. Os nomes dos constituintes são conhecidos, pelo que me abstenho de novamente os referir. Vai ser apitado por um árbitro sócio do clube da casa. Quantas expulsões? 1, 2, 3? Invasões de campo de tipos vestidos à Diabo? Cotoveladas que o árbitro não quer ver do Javi Garcia? “Filhos da puta” proferidos pelo Jesus aos seus jogadores? E ao treinador do Porto? Quantos mergulhos à Hulk? Qual dois dois corruptos clubes vai queixar-se mais no fim da partida? Quantas manchetes motivacionais vai o jornal A Bola criar até ao jogo? E o jornal O Jogo? A ex-namorada que Pinto da Costa recrutou para si mesmo num bar de alterne vai marcar presença, ou já lhe “anularam” as amizades com o clube da casa?