Godinho Lopes é um avião sem sistema de navegação. Com um rosto de medo e rápido a caminhar até à saída, afirmou, acabado de chegar ao aeroporto de Lisboa, que nada iria acontecer ao treinador. No dia a seguir, já protegido pelo afastamento físico de quem o contestava no aeroporto, menosprezou a justa contestação e, tal e qual JEB nos últimos tempos da sua miserável e empobrecedora administração, optou por ofender os “30 adeptos”. Mais um dia passado após a contestação, despede o homem que antes tinha garantido permanecer no lugar, supostamente imune ao mau momento. É isto a Linha Roquete: loucura decisorial e desrespeito pelo Sporting e pelos seus adeptos.
"O Sportinguista, em mais de 100 anos de dita escolha, jamais ousou queimar ou detrair o símbolo e a cor que o identificam. Outros, os tais que clamam superioridade moral e identitária, fizeram-no.", dito por pai de Daniel.

30 de outubro de 2011

Não é apenas o número habitual do médio criativo, é igualmente o número de vitórias consecutivas

10, meus caros amigos. 10 vitórias, todas elas realizadas justamente pela nossa equipa, consecutivas. E a senda vitoriosa vai continuar. Eu acredito. A equipa faz-me acreditar no aumento desse número já por si muito elucidativo sobre a qualidade do Sporting 2011/2012. Adversários capazes de deitar por terra o número? Só os que têm o apito como ferramenta fulcral ao desempenho da sua função. Ontem, o Sporting conseguiu vencer um clube que frente aos outros dois mais fortes candidatos ao título jogou muito bem, e que não conseguiu qualquer ponto na Luz porque a arbitragem intercedeu a favor do clube da casa e decidiu o jogo quando este se demonstrava complicado para o visitado. Mas o Sporting, sem ajudas, conseguiu vencer o Feirense e trazer para a Lisboa os 3 pontos. Sem ajudas, importa repetir. Como sempre. E com uma grande penalidade sonegada ao nosso clube. Como sempre. E com um cartão vermelho perdoado ao adversário. Como sempre.

À saída de um estádio invadido, como outros antes e outros que virão depois, pelos adeptos do Sporting, massa associativa linda que fornece a este Portugal ambientes únicos, fantásticos e apaixonantes, pude falar ao telefone com um grande amigo meu que marcou presença na partida. Falámos sobre o resultado, sobre os golos, isto tudo enquanto ele saía a pé do estádio e se deslocava para o carro dele, uma máquina de cilindrada interessante, que nessa noite levou mais 4 amigos (seriam 5 se eu estivesse em Portugal) até Aveiro, cidade conhecida pelo fervor que se faz sentir pelo Sporting Clube de Portugal. Em tempos de crise, o Sportinguista presta-se a impedir que os níveis do consumo privado, cuja conjuntura os sente reduzidos por redução do poder de compra ou por aumento da poupança das famílias, prejudiquem severamente os clubes mais pequenos, mesmo quando estes praticam preços cujo modelo parece ter sido copiado à máfia italiana, esta que ainda seria capaz de ser ensinada pela que anda por terras lusas: extorsão. O Sportinguista, de autocarro ou de carro ou de mota ou de transportes públicos ou até a pé, da localidade mais perto do estádio à cidade mais longe, marca presença, compra o bilhete do dito jogo, leva o cachecol, a bandeira, amigos ou familiares. Somos assim.

Como escrevi, além de conversarmos genericamente sobre a partida, realçando que a arbitragem em momento algum beneficiou o Sporting – ficou uma grande penalidade por assinalar e um cartão vermelho por demonstrar a um jogador do Feirense que entrou sobre um jogador do Sporting, Jeffrén, de forma violenta, forma essa que, semanas antes, viu Rinaudo levar um vermelho directo –, ficou também debatida a importância do holandês Schaars para esta equipa. Eu, como ele, sou um fã de Schaars. E não o sou desde há 3 ou 4 semanas, mas desde que ele se consolidou no onze principal do Sporting. Jogadores como o holandês tornam possível a conquista do título: garante qualidade no passe, faz o passe mais apropriado à jogada (não complica), é um profissional trabalhador, tem uma notável capacidade posicional (está em todo o lado) e consegue fazer bem ora a defender, ora a atacar.

Infeliz a situação que está a acontecer ao Jeffrén, novamente lesionado e, por consequência, desolado. É um óptimo jogador, contratado ao Barcelona, o A e não o secundário, e está de novo envolvido em problemas físicos. Sem dúvida um problema a resolver, mas desta vez exige-se mais precaução, mais tendência para permitir que o processo de tratamento se prolongue durante o tempo necessário, sem forçar o jogador a regressar antes de a sua forma física realmente o permitir. Felizmente para a equipa e para os adeptos, o flanco, esquerdo ou direito, está bem ocupado: Capel, super-estrela, mais uma, desta equipa, e Carrillo, brilhante jogador de 20 anos que vai fazer muito jornalista escrever artigos de elogio. Gostei da exibição do Daniel Carriço: joga de forma mais simples e parece mais expedito a abordar o adversário. É do interesse do clube que um jogador da formação, a melhor deste país, singre no plantel principal. Ricky é, não estou a afirmar nada novo, um avançado espectacular (entre eu e quem lê o que eu escrevo, deixo a minha em aposta em como ele vai marcar não menos de 15 golos na presente edição do campeonato nacional). Adoro a forma como gere o ritmo de jogo, parece nunca se cansar, e denota-se nos seus movimentos a capacidade posicional dos grandes avançados mundiais: tenta prever o desenrolar da jogada e procura aquele que é o espaço mais propício para marcar golo. Toda a equipa merece ser elogiada, sejamos justos. Finalmente uma equipa que em campo se comporta de forma tão digna quanto a camisola que os jogadores envergam. O Sporting Clube de Portugal, tudo aquilo que o clube representa, merece-o. Os adeptos também, entre os quais se inclui o presidente do clube recentemente derrotado, o Feirense.

De resto, o meu amigo também me confidenciou que à saída do estádio de Alval (dado o ambiente, compreendem o erro da minha parte!)…de Aveiro, e por entre cânticos de alegria, sentimento dominante nas últimas semanas, e conversas entre amigos Sportinguistas sobre a vitória, ainda se ouviam os assobios dos adeptos portistas, triste ralé que só se dá a conhecer em momentos positivos, contra o Hulk. Ao que parece, o Hulk ainda se encontra barricado no balneário, não a lamuriar pelo tratamento a ele concedido pelos adeptos portistas, mas a arranjar aquilo que ele chama cabelo. “Hulk é humano”, escreveram os jornais de ontem. Obrigado, aproveito para escrever, porque pela primeira vez os jornais me ensinaram algo novo. Hulk é humano. Hulk, humano. Humano, Hulk. Não combina. Vou, contudo, dar o benefício da dúvida. Vou acreditar.

O jogador do Feirense que foi ao flash-interview opinar sobre a partida, um gajo fisicamente masculino mas de tom de voz feminino e de aparência facial a roçar o homo erectus, padece da mesma doença  que o treinador do Paços de Ferreira: uma tendência para falar de um jogo que não o que imediatamente terminou momentos antes. Sim, aquele criativo opinador, mais uma versão do treinador do boné, que falou de um jogo, que o Sporting venceu em pleno controlo da componente mérito, totalmente diferente daquele para o qual ele tinha sido chamado. Sentiu-se bem em o fazer. É mais fácil empurrar as culpas para o factor desconhecido. Também outros o fizeram, como o Jaime Pacheco, que uma vez culpou o homem das castanhas. Sobre a partida, o que importa referir para a posterioridade é: vitória limpa do Sporting; adeptos leoninos que nunca pararam de incentivar a equipa; arbitragem que prejudicou o Sporting; falta de desportivismo de alguns jogadores do Feirense, como o Rabeta (há quem diga que o nome é outro, mas eu não acredito), e a forma única como os jogos do Sporting são analisados (por cegos e gajos de cachecol ora vermelho, ora azul). A dor, hoje, é muita. E vai continuar a crescer!

Eu menciono várias vezes a arbitragem, alguns poderão até considerar que exagero nas vezes que o faço. Não aceito essa opinião, se é que ela existe – a existir, penso que ela advirá de cores que não o verde, e a essas eu dou a mesma finalidade que o papel Renova que utilizo para limpar o traseiro. Não só o nosso clube é roubado semana sim, semana sim (ora pois!), como tenho constatado que algo peculiar tem acontecido: parte da comunicação social, hoje infestada de medo por causa da qualidade que a equipa leonina apresenta em campo, tem mencionado, via cronistas (estercos com um teclado à frente, entenda-se), que o Sporting faz o papel de vítima forçada, de quem procura sempre um bode expiatório (respiratório, na terminologia muito própria de Jorge Jesus) para um insucesso que poderá vir a acontecer. O Sporting é, infelizmente, sem dúvida, uma vítima da máfia do apito. Este é um facto que deve ser recordado até quem o afirma deixar de respirar, e aí o exercício não deve morrer, mas antes ser transmitido para outro que o continue. Este ano, o Sporting só não se afirmará como o mais forte candidato se elementos que não os directamente envolvidos, como o são os jogadores de cada uma das equipas que se defrontam, interferirem. Relembro que a presente classificação do campeonato é uma adulteração.

No futebol europeu, tem havido uma tendência que eu espero ver perpetuada até ao minuto seguinte ao apito final do clássico que se realizará este mês: o clube visitante tem conseguido derrotar o adversário em jogos considerados clássicos. O Manchester City fê-lo, a Juventus também, assim como o Arsenal. Eu acredito que o Sporting conseguirá derrotar a arbitragem no dia 26 de Novembro. O clube que nos receberá é um aspecto externo à maior dificuldade do jogo: o pulha que decide quem fez ou não falta. É esse o meu maior receio. O Sporting tem vencido os seus adversários de forma convincente, apresentando em campo os argumentos necessários para conquistar os 3 pontos, enquanto que o adversário do dia 26 o tem feito de forma tudo menos frontal: uma ajuda aqui, talvez um fora de jogo não assinalado que dá golo, outra ajuda ali, talvez uma grande penalidade não assinada a favor do adversário, algo que aconteceu ao Feirense quando se deslocou ao ainda não terminado estádio da Luz. Não nos roubem, que é o mesmo que pedir que não se comportem como habitualmente o fazem, e o jogo poderá ser vencido pelo Sporting. Mas antes de defrontar esses, o Sporting encontrará outros clubes!

A verdade é amiga do Sporting.

29 de outubro de 2011

Porque a vida não é só futebol

Em Inglaterra, assim como nos restantes países que fazem parte da Commonwealth, a proximidade do mês de Novembro aproxima a população civil da população militar, mais concretamente de todos aqueles que lutaram e morreram na defesa do seu país. É um dia, o 11 de Novembro, muito especial para todos os britânicos, um dia em que um cidadão comum, seja qual for o seu estrato social, honra os milhões que lutaram em nome do Reino Unido ou de outro país que também comemora este dia, como a Austrália, uma nação que sente muito por todos os que pereceram em combate.

É o meu dever enquanto inglês, muito orgulhoso, prestar homenagem aos que foram enviados para o meio do terror que definiu parte do século XX, como a I e a II Guerras Mundiais, ambas participadas por familiares meus, ora em combate, ora bombardeados cobardemente pela máquina de guerra nazi: alvos de guerra, diziam os alemães, acabando por bombardear escolas, teatros, hospitais.

O Remembrance Day não tem paralelo em Portugal - o meu outro país, a outra metade do meu coração -, pelo menos em significado e em dimensão de agradecimento, mas fica aqui também a minha homenagem aos milhares de soldados portugueses que lutaram pela pátria, da chacina que foi a participação portuguesa na I Guerra Mundial à luta brava em terrenos africanos. Portugal não se recorda de quem ficou definitivamente em terras do inimigo. Não se recorda, por si já hediondo, nem parece sequer querer fazer um esforço nesse sentido. A Guerra do Ultramar terminou em 1974 e o monumento de homenagem, o principal, é apenas erguido dezenas de anos depois do fim do conflito, passando por um tempo sabático inexplicável. Recordar quem caiu em combate ou quem combateu e hoje vive em quase semi-abandono, em Portugal, é uma espécie de tabu.

Sobre os soldados portugueses, deixarei o inimigo, um de muitos que caiu às mãos da bravura portuguesa, dá-lo a conhecer a quem ler este meu bocadinho de escrita:

“A fortuna do mundo é eles serem tão poucos, porque a Natureza, como aos leões, felizmente os fez raros…”

A minha família tem um sólido passado militar: a inglesa combateu na I e II Guerras Mundiais, e a portuguesa teve também o seu momento militar na Guerra do Ultramar. Concordando ou não com os objectivos das guerras, não fugiram ao dever. Não devemos confundir a legitimidade da guerra com os soldados que nela participaram. Eles estiveram lá. Sofreram física e psicologicamente, problemas hoje existentes em muitos veteranos de guerra, mataram inimigos, levaram tiros, perderam grandes amigos, partes do corpo. E alguns morreram.

Muitos de nós tivemos um familiar que participou na Guerra – tios, avôs, ou até pais. O número de soldados mobilizados, assim como o número de comissões de cada um dos bravos militares portugueses, torna a afirmação muito provável. Esta minha breve escrita é uma homenagem a eles todos. Curvo-me!

Hoje, vivo os benefícios, como a derrota do totalitarismo em solo europeu e a vitória do sistema democrático, com que outros me agraciaram. Vivo num continente que há muito não conhece a guerra em seus territórios. Muitos morreram para que assim seja.

O futebol inglês, nos próximos tempos e com maior exposição perto do dia 11 de Novembro, continuará a homenagear os soldados britânicos que pereceram em defesa da pátria.

Obrigado.

26 de outubro de 2011

A propósito da forma como o Sportinguista se faz presenciar em casa do clube visitado

Este Sporting tem muitos adeptos: invadem os estádios dos visitados;”

“…o Sportinguista não se desloca ao campo do adversário, mas antes invade-o, tornando-o seu.”

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Se o número de bilhetes desejado pelo nosso clube nos for propiciado, estarão 10.000 bravos leões no clássico dos clássicos de Portugal.

adenda: agrada-me bastante a ideia de o Sporting pretender 10.000 bilhetes para o jogo frente ao Benfica. A consegui-los, os Sportinguistas acorrerão às bilheteiras de Alvalade e os bilhetes esgotarão rapidamente. Porém, não acredito que o clube rival aceda ao pedido do nosso clube. 3000 Sportinguistas, o número habitual de adeptos do Sporting que se desloca ao estádio em questão, são já um tormento para os adeptos da casa, e este número, ínfimo quando comparado com a capacidade do estádio, consegue já enclausurar os adeptos da casa a um miserável e sofrível silêncio – habitual ocorrência quando do outro lado se encontra a massa associativa do Sporting. Aceder ao pedido do Sporting e permitir 10.000 leões na Luz seria o equivalente do Terramoto de 1755, mas em versão futebol, salvo o devido respeito pelas milhares de vítimas do sismo que atingiu a capital de Portugal.

25 de outubro de 2011

Gramática e o Sporting: dois pontos

Este Sporting é forte: marcou 6 golos no último jogo;

Este Sporting mete respeito: a imprensa, mesmo a que sempre se manifestou contra nós, reconhece o poder verde-e-branco;

Este Sporting tem muitos adeptos: invadem os estádios dos visitados;

Este Sporting está a crescer: vence há nove jogos seguidos;

Este Sporting é odiado: alguns cronistas, pulhas de caneta na mão ou teclado à frente que o mais sábio dos sábios desconhece como têm sequer emprego, amedrontam-se semanalmente;

Este Sporting tem jogadores acima da média: Capel, Ricky, João Pereira, Rui Patrício, Schaars, Rinaudo, Matías, etc.;

Este Sporting tem excelentes adeptos: grandes ambientes nas bancadas durante os 90 minutos de jogo;

Este Sporting quer vencer: está unido, tanto adeptos, como jogadores;

Este Sporting é forte versão 2: não precisa de ajudas de jogadores adversários;

Este Sporting é forte versão 3: não precisa de ajudas de árbitros;

Este Sporting é digno: tem um treinador honesto, uma massa associativa humilde e um conjunto de jogadores meritório da camisola que envergam;

Este Sporting vai fazer história. E positiva. Façamos o nosso dever: marcar presença e apoiar.

13 de outubro de 2011

Yannick Djalo e Tom Hanks

Os contornos que hoje definem, ou melhor, que não definem, a transferência de Yannick para o clube francês Nice são em tudo idênticos ao que acontece à personagem interpretada, e excelentemente, por Tom Hanks no filme “Terminal”.

12 de outubro de 2011

Quando preparado para acompanhar o seu clube…

…o Sportinguista não se desloca ao campo do adversário, mas antes invade-o, tornando-o seu.

11 de outubro de 2011

O gajo que vai ocupar o cargo de Presidente da FPF e o Sporting [1]

Para mais tarde uma reflexão mais profunda, certamente mais completa, mas o apoio manifestado pelo Sporting a Fernando Gomes é de dual conclusão: bom por um lado, dado que o Sporting não pode dar-se ao luxo de não ter um candidato, e reconheço a debilidade de um apoio oficial a um candidato como Fernando Gomes (este já apaparicado por Benfica e Porto, instituições corruptas e controladoras dos bastidores desportivos portugueses), elemento outrora activo numa SAD que tresanda a corrupção, mau por outro, porque demonstra que a SAD do clube não preparou antecipadamente o seu candidato, o que implicaria, entre outros, cortejar os restantes clubes de modo a garantir apoios substanciais ao nome escolhido.

A FPF, futuramente com Fernando Gomes no lugar de máxima capacidade decisória, sai renovada nalguns aspectos (o homem procurará demonstrar ser um reformador), mas permanecerá velha em outros, talvez estes os mais importantes para o Sporting, os que têm que ver com a corrupção no futebol, procurando meios para expurgar do futebol toda a corrupção que neste momento, e de há muito, o invade e define. Fernando Gomes, fruto do seu passado, não é o nome ideal para tão honrosa missão. Bem pelo contrário, fez parte na perpetuação da lama. Foi um dos homens-chave no jogo de interesses que auxiliou azuis a “planearem” jogos ora dos próprios, ora do rival, o sempre odiado e roubado Sporting Clube de Portugal, instituição odiada, invejada e vilipendiada por muitos. Pelos inferiores, isto é.

Menção positiva para a vitória da equipa de futsal em terras açorianas, frente ao clube da região, num pavilhão lotado de Sportinguistas, mais uma vez atribuindo ao nosso grandioso clube a dimensão verdadeiramente nacional, um símbolo de Portugal, que o define, e não uma de ténue, artificial representatividade, com um gajo ali e outro gajo acolá, mas em números deveras surpreendentes: maioritários, orgulhosamente ostentando o verde-e-branco, a cor do encanto, como diz uma das nossas muitas belas músicas. Outra menção positiva, esta para a equipa de andebol, que derrotou o clube da corrupção, o de azul.

4 de outubro de 2011

Acerca de um silêncio que parece dominar a paisagem…

As recentes demonstrações de força da equipa de futebol do nosso clube, que contra todos tem demonstrado ser capaz de arrancar os 3 pontos necessários a uma época condizente com os pergaminhos do clube – vencer tudo –, começam a assustar muitos, ora jornalistas, coitados, ora adeptos, ora tudo o resto que tem opinião sobre futebol, principalmente aqueles que do desporto percebem tanto como quem nunca antes o presenciou.

A invasão, termo como nunca antes tão apropriado, de adeptos leoninos a Guimarães, admitida pelos locais como “a mais impressionante dos últimos anos”, define a massa associativa do Sporting Clube de Portugal como a mais incrível de Portugal, uma massa associativa que se reergue das catacumbas da infelicidade num ápice, em poucas semanas, e se torna, também muito rapidamente, num fenómeno de apoio incondicional ao clube verde-e-branco, a, nunca é vazio referi-lo, mais vencedora instituição desportiva de Portugal.

O Sportinguista, já várias vezes comprovado ao longo de épocas transactas, é um adepto diferente, e essa peculiaridade que o define é acima de tudo positiva, que o distancia de os outros, principalmente os rivais directos, eles hinos ao abstracto e a um estilo de adepto que raia o mercenário, que apenas se dispõe a sofrer em momentos que se auguram antecipadamente como positivos. Sim, não deixa de ser verdade que a má gestão praticada recentemente, o principal aspecto negativo do Sporting moderno, teve a conivência, através do voto, dos sócios do Sporting Clube de Portugal, mas não deixa também de ser verdade que o adepto do Sporting marca presença após o facto. Está lá. Compra bilhetes, individuais ou de época. Não foge. Continua a sofrer.

O Sportinguista, quando comparado a todos os outros “istas” deste campeonato, e não é insensato extrapolar a base de comparação a outros países (curiosamente, tenho a sensação de que os grandes clubes que se vestem verde na Europa são lesados por outros que vestem de vermelho, principalmente, e de azul), padece, como características marcadamente distintivas, de superioridade identitária, porque tem como clube uma instituição de comportamento íntegro e original, e moral. É moralmente superior a todos os outros adeptos deste país porque rejeita vencer de forma ilegal, criminosa, com ajudas exteriores aos intervenientes directos: os jogadores. Quantos de nós, Sportinguistas sofredores, não ficámos aborrecidos ao constatar que um golo nosso foi sancionado ilegalmente – eu sei, é uma raridade, mas já aconteceu –, seja por fora de jogo, falta, etc.? Quando acontece, eu fico chateado, exclamando várias vezes que “não quero ajudas!, o meu Sporting não é corrupto!!” Embora use óculos (consequência de anos loucos a jogar consola!), não sou cego, nem caminho para tão infeliz situação de vida, e portanto sei muito bem quando um jogador do Sporting é bem expulso, o que, óbvia e expectavelmente, não aconteceu no passado fim de semana. Com pulhas como o Bruno Paixão a apitar jogos do Sporting, um incompetente genético que em todas as crónicas à sua performance é arrasado, a festa azul ou vermelha está garantida. No entanto, e aqui tem residido a dor de todos os que no seu coração têm Anti-Sportinguismo para dar e vender, o Sporting Clube de Portugal saiu do jogo com os 3 pontos. Ui, a dor torna-se a cada dia maior.

Mas, não é muito complicado conjecturar, é bem mais fácil desejar a vitória, legal ou ilegalmente, e rapidamente esquecer a forma como ela foi alcançada, isto em caso de ilegalidade. E depois de anos selvaticamente dolorosos para os nossos corações verdes e brancos, onde mau futebol foi uma constante e pouca ou nenhuma garra foi evidenciada tanto por directores como por jogadores, muitas vezes existiu a tentação de pedir a um qualquer director do Sporting que comece a jogar da mesma forma de outros: subornar, maquinar interesses. Os roubos são em tantas ocasiões tão descarados, propositados e planeados, que várias foram as vezes em que pedi que algo extra-desportivo fosse feito para que o Sporting conseguisse entrar em campo de forma tão igual, em termos de respeito pelas normas do desporto aqui retratado, quanto os adversários que quase todas as semanas são ajudados para nos derrotarem. Os roubos contra o Sporting Clube de Portugal, perpetrados por um conjunto de intervenientes que todos conhecemos bem,  só perdem em tempo para o futebol em si, porque tudo o resto é mais recente que o movimento de corrupção que tem como alvo único o Sporting, e como beneficiários o Porto e o Benfica.

Voltando à superioridade que eu, como qualquer outro benigno opinador, entendo existir quando comparado o Sportinguismo a tudo o resto, parece existir em Portugal um gosto particular em derrotar o Sporting, em criticar os seus adeptos, em receber telefonemas a horas indecentes e construir capas de pasquins que seriam rejeitadas por qualquer redacção minimamente profissional e digna, ou então em conferir a este majestoso clube uma dimensão menor, muito, que a que realmente o define. Azuis, esses tristes adeptos que ao primeiro momento de infelicidade abandonam o presidente (o gajo é maior que o clube), não interessam nem ao mais desinteressado dos analistas de futebol. É gente que não interessa. É gente motivada unicamente por ódio a terceiros, pois, porque quem não tem identidade, quem tudo deve a um homem, mais ainda um como o Pinto da Costa, está permanentemente enclausurado a um estatuto de menoridade. Quando o clube não vence, aquela gente evapora-se. Os vermelhos, bem, esses representam uma estirpe de artificial grandeza, malta que enche o peito e alma lendo jornais e indo na cantiga de ex-jogadores que hoje nem no TOP 3 da história do futebol português prefiguram. Reparem, a seguir ao melhor jogador português de todos os tempos, de nome Fernando Peyroteo, jogador e homem de fantásticas qualidades, encontra-se um outro que presentemente se encontra em actividade, Cristiano Ronaldo.

E é assim o Sportinguismo: puro, genuíno, honesto e sofredor desde sempre. O pódio dos amores clubísticos, em Portugal, é diferente de todos os outros. Ocupado em todos os lugares por nós. E é assim o Sportinguista: sem ainda nada ter conquistado, já ensina a outros, que vencem regularmente, como as grandes massas de adeptos se comportam. As festas leoninas são manifestações de beleza única, especial, e tentar imitá-las não é apenas um exercício fútil, é também idiótico. Cânticos, então, é bolo onde todos os outros metem o garfo.

A fotografia acima não é apenas isso, uma fotografia qualquer, um grupo de adeptos – muitos!! – num estádio a apoiar a sua equipa. É a imagem que nos distingue de todos os outros. O Sporting é um monstro. E está a acordar! Eu imagino, e faço-o com um sorriso enorme no rosto, a dor de quem foi incumbido de fazer as capas dos vários jornais de segunda-feira. Imagino. A dor e as idas rápidas à farmácia.

- Estou, quem fala? – perguntou o A, um jornalista de um jornal que se auto-proclama a bíblia do desporto.
- Sou eu, caralho, o director! – resmungou.
O jornalista endireitou-se. Uma caneta caiu ao chão, e colegas que estavam ao seu lado sentiram que o telefonema era importante. O director, por norma um visitante regular num estádio vermelho da cidade de Lisboa, tinha por hábito telefonar para a redacção e desabafar.
- Ah, sim, diga – disse o jornalista A.
- Ganharam, os gajos ganharam! O árbitro bem tentou, mas eles ganharam! Filhos da p… – do outro lado, o director estava já a gritar. A comunicação começava a sentir interferências.
- Pois, o que podemos fazer? Pode ser que a coisa corra melhor na próxima semana… – o jornalista A procurava acalmar o seu superior hierárquico. A transferência do salário referente ao mês de Setembro não tinha sido ainda confirmada, pelo que irritar o director não era uma atitude inteligente
- Espero que sim, espero que sim. Vitórias daqueles gajos é o pior que pode acontecer. É o pior! O meu intestino anda às voltas já!
- Olhe, estão a chamar-me. Vou desligar. Até amanhã – e desligou o telefone.
Colocando o telemóvel de serviço na gaveta, o Jornalista A arrumou a mesa e, de sorriso forte no rosto, trotou em direcção ao elevador. Pressionou o botão para descer, este acendeu-se. Chegado à zona do parqueamento, seguiu para o seu carro. Entrou. Abriu o porta-luvas. Tirou o cachecol do Sporting Clube de Portugal.
- E viva o Sporting! – gritou para o parque de estacionamento vazio.

ps – Domingos, meu treinador que nos vai guiar a noites consecutivas de festa, desculpa-me a impaciência, motivada por dois jogadores que já não marcam presença em Alvalade, manifestada em tempos complicados.

E O SPORTING É O NOSSO GRANDE AMOR!!

3 de outubro de 2011

Sobre ontem….

Com a Paixão habitual, aquele toquezinho romântico de decisões estranhas às regras básicas do futebol, o árbitro, esse tão fulcral personagem em jogos do Sporting Clube de Portugal, tentou, e muito cedo na partida, capitular o clube ao expulsar o melhor médio defensivo do campeonato português, inequívoco facto baseado na qualidade do jogador, o incansável Fito Rinaudo, que cedo os Sportinguistas afirmaram ir ser vítima garantida do homem do apito, o monstro que junto ao peito tem as insígnias da FIFA, uma organização cuja seriedade não é a característica mais presente, bem pelo contrário. O rudimentar aspecto, mental e físico, de quem gere a FPF, homens velhos com interesses e donos velhos, tem paralelo na FIFA, que assim se compreende estar no peito de árbitros como o de ontem – o lote de “internacionais” compreende outros como o Olegário, esse também uma espécie muito peculiar de árbitro português.

A equipa recebeu de peito aberto o acto vingativo do corrupto Bruno Paixão, de cognome O Merdas, ou então o Baby Face Bitch, que há anos contamina o futebol português com a sua gritante falta de qualidade, e conseguiu levar de vencida o Vitória de Guimarães, clube de complicada deslocação a clubes que almejam conquistar o título. A dificuldade por nós encontrada, ontem, não se ficou pelo vértice meramente desportivo, ou melhor, por motivos relacionados com a qualidade do adversário (que, permitam-me, é deveras banal e tem toda a sua qualidade, pouca, sustentada na capacidade de passe de um jogador que outrora foi impedido de jogar por “aditivos” ilegais) mas, habitual, pela constante tentativa de sabotagem do jogo e do objectivo, vencer a partida, sendo o sabotador sempre o mesmo rosto, o árbitro.

Este campeonato, como outros antes, tem sido um hino ao futebol português. Sim, um hino ao futebol português. Porquê? Simples de explicar. Como podemos definir os campeonatos portugueses? Decisões absurdas, cuja justificação racional pode, apenas, ser explicada por pedidos feitos anteriormente aos jogos em questão. Mérito em campo é algo que há muito, desde a já muito distante época 2001/2002 (naturalmente, o nosso sagrou-se campeão nacional nessa bonita, feliz época), rareia neste país. Não só em futebol, como em toda outra competição que inclua ora o clube de vermelho, ora o clube de azul. Comum costuma ser o prejudicado, o grande Sporting Clube de Portugal, cujo sucesso recente, em campo e nas bancadas, tem provocado demasiadas idas à casa de banho a quem se diz apoiante de vermelho ou azul…ou preto.

Já em terras de Sua Majestade, chegado há poucas horas, marquei, ontem, fazendo apenas o meu dever, presença em Guimarães. Poucas palavras, pressionando poucas vezes as teclas deste meu teclado, para descrever a presença leonina em Guimarães: avassaladora. Única. Milhares de adeptos do Sporting presentes.

Dentro de duas semanas, o Sporting regressará ao nível que o define desde que nasceu, em 1906: dominador, naturalmente ganhador. Portanto, duas semanas de tranquilidade emocional (e intestinal) para vermelhos, azuis e pretos. Não há que negar que o campeonato presente oferece adversários interessantes, como o Braga ou o Marítimo, mas o principal veste de preto, tem um apito como ferramenta principal de trabalho, é conhecido adulador de ofertas extra-trabalho, como prostituas, chocolates e móveis, e está motivado em afastar-nos dos vários locais de festa, que esperamos encher em Maio.

Restam ainda, nas mentes de quem vê futebol em Portugal, dúvidas de quem é diferente, para melhor? Depois de anos de péssima prestação desportiva, financeira e institucional, com muitos divagando sobre o hipotético – um mero desejo, nada mais – fim do Sporting, o Sporting, e por consequência o adepto Sportinguista, renasce, cria ambientes únicos em Portugal – qual inferno vermelho, qual bordel azul –, dá uma ajuda à equipa que apoia e, assim, comanda o respeito e receio de todos. Mais: numa cidade que muitos afirmam ser dominada pelo Guimarães, com todos os outros clubes cingidos a raros sobreviventes, o Sporting Clube de Portugal reuniu, numa iniciativa de soberba importância, 400 jovens, no Tour do Leão. E é assim o Sporting: clube de milhões de pessoas. O Sportinguista, não só em Portugal como em todos os locais preenchidos por portugueses, é como a famosa pedra da calçada: está em todo o lado e em números de respeito. E é também resistente!

Em relação a outros desportos praticados pelo mais galardoado clube português, a equipa de andebol do Sporting venceu o Madeira SAD, uma vitória importante, assim como a equipa de futsal, que na semana passada não conseguiu, indo contra o que seria normal e expectável, vencer o bi-derrotado, venceu a renovada equipa do Belenenses, no campo do adversário. E é assim este clube: vitorioso.

Força Sporting Clube de Portugal. E o Sporting é nosso grande amor.

ps – interessante, muito, a imagem que o blogue O Cacifo do Paulinho publica, assim como a interpretação que daí tem origem. Lindo! Certamente, como bem escreve o autor da dita crónica, que a vitória tem um sabor…mais apaixonante.